Goiás tem 41 espécies em perigo de extinção, diz ICMBio

Goiás é o segundo estado com maior número de espécies em perigo

O estado de Goiás tem registrado 41 espécies consideradas “criticamente em perigo” ou “em perigo” em seu território. Dessas, dez são consideradas criticamente em perigo e 31, em perigo. Sendo assim, o estado goiano fica atrás apenas de Minas Gerais, que tem cerca de 80 espécies cujo número populacional está diminuindo. Os dados são do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, Salve, lançados nesta quarta-feira, 2, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Todo o Cerrado, no qual a maior parte do estado de Goiás está localizado, tem 165 espécies consideradas “criticamente em perigo” ou “em perigo”. Desse total de 165 espécies no território goiano, os dados apontam que 64 encontram-se em estado criticamente em perigo e 101 estão em perigo.

Cerrado é o segundo bioma com mais espécies criticamente em perigo

O Cerrado é o segundo bioma com maior número de espécies criticamente em perigo. Nesse critério, o bioma fica atrás apenas da Mata Atlântica, que tem registrado 178 espécies nessa mesma condição, e acima da Amazônia, que tem registrado 38 espécies criticamente em perigo.

Considerando todos os sete biomas brasileiros, Mata Atlântica, Cerrado, Marinho, Pampa, Pantanal, Caatinga e Amazônia, o País tem 364 espécies consideradas criticamente em perigo e 11 espécies já em algum grau de extinção.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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