Barriga Solidária, esperança de um novo começo

A digital influencer Lu Salatiel, que aguarda o nascimento de seu primeiro filho, fertilizado in vitro (FIV) e gerado em um útero substituto, contou ontem ao Diário do Estado como idealizou a campanha #barrigasolidaria e como esta experiência a ajudou a superar seus problemas pessoais.

A entrevista, transmitida ao vivo na página do Facebook do Diário do Estado teve, durante pouco mais de 40 minutos de conversa com a digital influencer, 6.833 visualizações. Emocionada, Lu Salatiel contou que aos 14 anos descobriu que não poderia gerar os filhos por ter os ovários um terço menor do tamanho normal.

Com 17 anos de casada, ela e o marido investiram em fertilização in vitro, mas, em maio do ano passado, mais um duro golpe a atingiu. Ela descobriu que estava com câncer de mama. O nódulo maligno teve de ser tirado. Lu se emocionou ao falar de sua luta, mas disse que apesar de tudo, tem o sentimento de gratidão por tudo que está passando.

Ela contou que há seis anos tentou fertilização, tendo a irmã como barriga solidária, mas o procedimento não deu certo. O médico a aconselhou a continuar tentando, mas ela e o marido desistiram da possibilidade. A fertilização é um procedimento com alto custo financeiro, custando cerca de R$ 20 mil, mas pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital das Clínicas, com o paciente arcando apenas com os custos dos medicamentos (cerca de R$ 4 mil).

Nesta época, Lu e o marido entraram para a fila de adoção, mas o processo é muito burocrático, segundo ela, e eles estão na fila até hoje. Agora ela aguarda o nascimento do primeiro filho. É que uma amiga se propôs a ser a barriga solidária para ela. Por causa do câncer, Lu não poderá amamentar a criança, mas a barriga solidária poderá amamentar o bebê ou ainda, retirar o leite para que Lu dê ao bebê.

“Eu tinha o sonho de amamentar, mas por conta do câncer de mama, o sonho acabou se perdendo”.

Pode ocorrer ainda um trabalho de divulgação nos hospitais para doação de leite materno nos bancos disponíveis, podendo ajudar outras mães que precisam. A respeito da aproximação após o nascimento, ela relata a importância de se ter essa troca de afeto entre ambos. “Eu recebo cartas de todo o Brasil contando histórias de várias barrigas solidárias, que eu acho legais e outras que não. Mas, eu optei por manter o contato com essa minha amiga sim, eu acho que é um direito dele (bebê) e dela , além de ser digno e humano”, destaca.

Isabel Cristina
Joyce Cristina
Fausi Humberto

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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