O empresário preso pela Interpol em Marrocos suspeito de mandar atear fogo em uma clínica em Goiânia cometeu o crime após ser processado pelos donos do estabelecimento. Segundo a Polícia Civil, o crime foi encomendado por Ismael Olimpio devido a uma ação judicial feita pelo dono da clínica após a compra de um apartamento de luxo que ele não havia pago.
O mandante do crime foi preso na última sexta-feira, 4. Ele havia fugido do país durante as investigações do caso, se hospedando em pousadas de luxo de Marrocos.
Na época do crime, em junho, um vídeo mostrou o momento em que dois homens colocam fogo no estabelecimento. Segundo a polícia, um dos executores foi contratado por Ismael e outro chamado pelo primeiro executor.
Logo após o incêndio, Ismael saiu do país com destino à Casablanca e se manteve em locais turísticos como as praias de Essaouira e Imsouane. O empresário foi preso no aeroporto do país, enquanto tentava embarcar em um voo, após a Polícia Civil monitorar o paradeiro dele e comunicar ao Interpol.
Com a prisão, a polícia explicou que será requisita a extradição do empresário ao Brasil e que ele será colocado à disposição do Poder Judiciário. Os outros dois homens acusados de executarem o crime permanecem presos e estão na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. Os três vão responder por crime de incêndio.
Incêndio em clínica de estética
O crime ocorreu em 12 de junho. Segundo a Polícia Civil, o caso foi motivado por uma ação judicial realizada por um dos donos da clínica de estética. Ismael teria comprado um apartamento de luxo, localizado no Setor Bueno, e não teria pago.
Após saber da denúncia, o acusado contratou terceiros para incendiar o estabelecimento e pagou cerca de R$ 200 pelo crime. A história foi confirmada pelos dois suspeitos a polícia.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi constatado que o fogo iniciou na recepção da clínica e que não havia alastrado para outros ambientes. Foi necessário abrir cadeados e a fechadura do portão da entrada para que o incêndio fosse combatido. Ao todo, foi utilizado cerca de 100 litros de água para combater as chamas.