Torcida organizada do estado do Ceará ataca passageiros de ônibus com murros e bombas

Passageiros de um ônibus foram atacados por motociclistas no Bairro Cocó, em Fortaleza, na noite desta terça-feira, 8. De acordo com as informações divulgadas por testemunhas e a Polícia Militar (PM) , o ataque ocorreu após o jogo entre Fortaleza e Libertad pela Copa Sulamericana, no Estádio Castelão. Em um vídeo divulgado nas redes sociais mostram o desespero do povo dentro do veículo enquanto os vândalos entoavam cantos de torcida organizada.

De acordo com as informações relatadas por testemunhas, o ônibus seguia o caminho para o terminal do Papicu quando foi cercado por um grupo de motociclistas, com cerca de dez motos, que ordenaram que o veículo parasse.

Um passageiro imaginou que toda a situação se tratava de um assalto, mas estava enganado. “Aí foi que eu vi o cara descendo [da moto] com a corrente. O motorista infelizmente errou porque ele simplesmente abriu as duas portas, aí foi quando eles invadiram com capacete na mão, com corrente, e começaram a bater no pessoal. Aí foi que eu percebi que não era assalto, era coisa de torcida organizada”, relatou.

Após o primeiro ataque, motociclistas desceram do ônibus e o veículo andou poucos metros, quando foi forçado a parar novamente. Nesta segunda vez, os vândalos atacaram o veículo com pedras e dispararam fogos de artifício em direção ao interior do coletivo.

Uma outra testemunha relatou que a primeira bomba foi lançada do lado dele. Ao explodir, o machucou deixando o abdômen e as costas com dores e diversos cortes minúsculos. “Foi uma sequência de bomba que eu pensei: ‘caraca, agora eu morro’, porque foi muito assustador. Nunca imaginei que seria uma noite de terror”, informou aterrorizado.

Em seguida, após os ataques, o motorista conseguiu chegar no terminal e todos os feridos procuraram por atendimento médico por conta própria. A PM informou que a Força Tática do 22º Batalhão foi acionada para ocorrência dos ônibus depredados. No entanto, quando chegaram no local indicado, não encontraram o ônibus, as vítimas e nem os suspeitos.

“A Corporação ressalta que um Boletim de Ocorrência seja registrado em uma Delegacia de Polícia Civil, a fim de que o caso possa ser investigado”, disse a PM.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) relatou através de uma nota que lamenta e repudia o ato de vandalismo. “Lamentavelmente, um grupo de motoqueiros atacou um veículo com arremesso de pedras, bombas caseiras, fogos de artifício e outros objetos.”

Assista ao vídeo:

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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