Mulher que matou auditor fiscal de Aparecida é indiciada por latrocínio e ocultação de cadáver

A mulher indiciada por matar um auditor fiscal em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, no último mês, também roubou dinheiro da vítima e usou o carro dele para fugir do local do crime. A indiciada, que não teve o nome revelado, foi presa na última terça-feira, 08, no estado do Maranhão.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Igomar Caetano, a vítima, Lindomar Modesto de Souza, de 57 anos, ficou desaparecido por sete dias e não possuía nenhum tipo de relação com a suspeita, e que a conheceu no dia em que foi morto.

Ainda de acordo com o delegado, a vítima foi atraída até a residência em que a mulher alugava, onde com a ajuda de um cúmplice, Deilleno Vieira da Silva, 47, matou e enterrou o corpo do auditor em uma cova feita no quintal.

“A vítima foi atraída até a residência dela. Ela já havia se desfeito de todos os móveis da casa, já não tinha mais nada no dia em que ela levou a vítima até lá”, disse o delegado Igomar.

De acordo com os relatos da investigação, a cova, que media de 1,5 metros, já preparada antes do crime, deixando claro que foi premeditado. Após assassinar o auditor, a indiciada fugiu do local com o dinheiro e o carro da vítima ao lado do comparsa.

A mulher possui inúmeras fichas criminais desde a adolescência, por crimes como tráfico de drogas, roubo, ameaça e dano, foi indiciada por latrocínio e ocultação de cadáver. O delegado informou que ainda não sabe se ela deve permanecer presa no Maranhão ou em Goiás por ter cometido diversos crimes nos dois estados. Já o comparsa, segue foragido e é procurado pela Polícia Civil (PC).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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