Vitória Romana Graça, de 26 anos, ligou desesperada para a mãe para informar que foi sequestrada. A ligação ocorreu um dia após o desaparecimento, cerca das 5h da manhã. A mãe da professora relatou aos polícias o acontecido e ao ser questionada sobre quem havia levado, ela respondeu que não poderia dizer. No último sábado, 12, a Polícia Civil, prendeu Paula Cestódio Vasconcelo, e a filha dela de 14 anos, pelo sequestro e assassinato de Vitória.
A jovem estava desaparecida desde a última quinta-feira, 10, e foi localizada com o corpo carbonizado, em uma casa na Comunidade Cavalo de Aço, no Rio de Janeiro. A mãe da vítima relatou em depoimento que recebeu ameaças por telefone e solicitaram R$ 2 mil pelo resgate.
Vitoria trabalhava dando aula há quatro meses na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo. Segundo as investigações, a professora tinha um relacionamento com a adolescente detida. Um colega de Vitoria revelou, em depoimento, que a vítima decidiu se afastar da garota por achar que a mãe dela estava aproveitando do namoro para se favorecer financeiramente.
Segundo o mesmo amigo, a professora disse que a geladeira da casa de Paula estava sempre vazia e, para ajudar, Vitória comprava itens de casa e cesta básica para elas. De acordo com a investigação, as duas usaram a conta bancária da jovem para fazer transferência e pagar uma compra em uma mercearia.
Uma testemunha, informou que no dia do crime, Paula e o irmão procuraram Vitória na escola que ela atuava. Ao ser questionada sobre a causa da visita pelo amigo, a vítima disse que Paula procurou ela para falar a respeito do fim do relacionamento. O amigo da professora relatou aos policiais que aconselhou Vitória para que elas se encontrassem em um local público.
No mesmo dia, Vitória visitou a mãe por volta de 21h. Ao ir embora, foi ao encontro de Paula e não foi mais encontrada. No mesmo dia, algumas transferências foram feitas pelo telefone da professora para o irmão de Paula. Ele ainda não foi localizado pela polícia.
Audiência de custódia
De acordo com a 35ª DP, a mãe da menina já possuía mandado de prisão em aberto por roubo qualificado. Ela participou de duas audiências de custódia no último domingo, 13. Pelo sequestro e morte da Vitória, e a outra por ter sido condenada, em 2014.