Igreja Universal é condenada a devolver todo o dinheiro a fiel que doou patrimônio

A Justiça de São Paulo negou o recurso apresentado pela Igreja Universal do Reino de Deus e ordenou que templo devolva aproximadamente R$204 mil vindos de uma doação feita por uma mulher que se arrependeu. A fiel, é uma professora de ensino na rede estadual, e alegou no Tribunal que doou todo o patrimônio que possuía por causa de pressão psicológica, ela acreditava por meio do auxílio ela receberia as bênçãos divinas e teria o lugar reservado no céu.

A defensoria pública relatou a Justiça que, não existe temor maior do que o afastamento de Deus para alguém que é profundamente religioso, e acrescentou que a vítima sentia essa intimidação por parte dos pastores e dos bispos da igreja.

Segundo as informações da professora, ela entrou na Igreja de Edir Macedo em 1999, em uma época em que estava passando por dificuldades pessoais. O dinheiro de R$ 204 mil, foi economizada ao decorrer de 30 anos, e foi doada entre dezembro de 2017 e junho de 2018. A mulher afirmou que sentia culpa e necessidade de prova a fé.

Porém, depois de se informar com outras pessoas e assistir vídeos de líderes religiosos, a mulher notou que a fé não dependia de sacrifícios financeiros. A vítima com a família possui uma renda mensal de R$1.500.

A Universal, negou a acusação de ter coagido a professora, informando que ela era maior de idade e, por isso é capaz de entender as próprias ações. Afirmou também que as doações foram feitas de forma consciente e voluntária ao decorrer dos anos em que a mulher estava na igreja.

 

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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