Caiado sobre novo distrito agroindustrial: “não é para empresário, é para gerar emprego e renda ao cidadão”

Aparecida de Goiânia acaba de ganhar seu segundo distrito agroindustrial administrado pelo Estado, às margens da BR-153, próximo ao Complexo Prisional. Assinatura da ordem de serviço para publicação do edital de licitação foi feita nesta sexta-feira, 18, pelo governador Ronaldo Caiado, que participou ainda da demolição de parte das paredes da colônia do semiaberto, transferida para dar lugar às novas empresas e indústrias. “É um dia emblemático, um sonho”, celebrou o governador. “Quem não quer fazer, transfere a responsabilidade, arruma desculpas. Agora, quando a gestão quer, ela faz. Superamos todos os entraves e vamos entregar esse distrito à população de Aparecida”, acrescentou.

O terreno de 2 milhões de metros quadrados vai receber R$ 130 milhões em recursos para infraestrutura, como abertura de ruas, asfalto, redes de água, energia e esgoto. Desse valor, Caiado afirmou que R$ 40 milhões já foram depositados. A previsão é de instalar mais de 200 empresas no local, com capacidade de geração de até 30 mil empregos diretos e indiretos.

O Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot) atende a uma demanda histórica para expansão do setor produtivo e era aguardado há quase duas décadas. “O semiaberto tinha sido até então o limitador do desenvolvimento e do crescimento de Aparecida. Todos sabemos do histórico de outros governos que prometeram, que assinaram um papel, mas que nunca fizeram nada na prática. Não seguiram adiante”, lembrou o vice-governador Daniel Vilela.

O espaço será gerenciado pela Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego). “Em 30 dias vamos lançar um edital de chamamento e as empresas interessadas poderão, com toda a transparência, se apresentar para conseguir uma área aqui”, explicou Francisco Júnior, titular da pasta. Segundo a companhia, este pode se tornar o segundo maior distrito do estado, atrás apenas do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).

“Aparecida traz uma demanda reprimida que vem do grande desenvolvimento da cidade e da saturação de Goiânia. O distrito será um marco, sem dúvida nenhuma, pela sua dimensão e pelo quanto foi esperado”, afirmou o secretário da Infraestrutura Pedro Sales.

A expectativa do Governo de Goiás é finalizar as obras no Dianot até 2026. Os serviços, disse Caiado, contam com máxima prioridade, com objetivo de cumprir um compromisso firmado com a população aparecidense. “Diziam que o problema era do semiaberto, do Ministério Público, da Prefeitura, mas eu tive pulso firme para dizer: vamos resolver. E não estou prometendo algo que não existe: o dinheiro está em caixa”, garantiu.

Parcerias

Além da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e Codego, a criação do Dianot contou com o esforço conjunto da Secretaria de Segurança Pública, da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que garantiu a isenção tributária das áreas do distrito até que elas sejam transferidas para as empresas.

“Caiado entra para a história da cidade de Aparecida de Goiânia como o governador que prometeu e fez. Esperávamos que tirassem o semiaberto daqui no dia seguinte que ele foi instalado. E isso demorou 19 anos”, afirmou o prefeito Vilmar Mariano. Ainda, foi assinado protocolo de intenções para pavimentação de via e construção de um novo acesso na zona limite entre Aparecida e Bela Vista.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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