Após o vídeo onde uma passageira cospe em um motorista de aplicativo viralizar, os protagonistas vieram na internet se pronunciar sobre a motivação da briga. Situação ocorreu no último sábado, 19, em Goiânia.
Através das redes sociais, a passageira Giovana Ogando contou sobre a situação e informou que a agressão foi mútua. “O que fiz foi terrível”, disse. “Foi uma troca de violências recíprocas”, complementou.
A empresária afirmou que se arrependeu não só agora, mas logo após sair do carro, e que está passando por um momento turbulento. “O que acontece entre duas pessoas que se desentendem muitas vezes tem mais a ver com o que as pessoas viveram antes daquilo. Tenho certeza que ele também devia estar vivendo um dia muito difícil pra ter tido aquela atitude grosseira”, disse Giovana
A cafeteria em que Giovana é dona, chamada Evoé, desativou os comentários no Instagram devido aos questionamentos dos internautas. Já na conta própria, a empresária apagou todas as publicações e privou o perfil na rede social.
Versão do motorista
Em uma entrevista à televisão, o motorista contou que toda a situação foi causada por Giovana. Ele afirmou que a empresária continuou as ofensas mesmo após descer do carro, afirmando que quebraria a porta do veículo.
‘’Eu desci para que ela não danificasse meu carro, que é meu ganha pão’’ contou.
Já sobre a confusão, o motorista contou que não costuma a colocar a opção de pagar na próxima viagem já que foi vítima de outros passageiros que não pagaram as corridas.
Em nota, a Uber informou que a possibilidade de pagamento posterior é um recurso que apenas o motorista pode acionar, ou seja, não é uma escolha do passageiro.
“O app apenas permite que o motorista informe as situações em que o usuário não honrou o pagamento. Isso cria um débito na conta do usuário, mas é uma opção do motorista, não uma escolha que cabe ao usuário. Esse recurso foi criado em 2019 pensando em ajudar os motoristas parceiros com troco e não a incentivar que usuários deixem de pagar viagens”, destacou.
Já em decorrência das agressões, a empresa apontou que as condutas são violações do Código da Comunidade Uber e podem levar à desativação permanente das contas. As contas foram suspensas enquanto aguardamos pela apuração do caso.
‘’Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados ou entenderem estar sendo vítimas de ações ilegais, como fraudes ou golpes. Ofender e agredir a outra parte são claras violações do Código da Comunidade Uber e são atos que podem levar à desativação permanente das contas envolvidas’’, informou.
A empresa informou também que não é recomendado que os motoristas utilizem essa opção com frequência sem real necessidade. “A Uber orienta que motoristas e usuários evitem conflitos e que, sempre que necessário, as partes envolvidas reportem o ocorrido no aplicativo pelo Menu Ajuda”.
Em vídeo, outra pessoa que decidiu se pronunciar sobre o caso foi o ex-sócio de Giovana. Renato Costa é barista e cozinheiro, ajudando a fundar o café que a passageira é dona. Segundo ele, a empresária era violenta e cometeu diversos abusos contra funcionários. “Sempre que havia um pequeno problema, ela se dirigia ao fundo do lote e quebrava louças no muro. Uma atitude que amedrontava a equipe em plena jornada de trabalho”, afirmou.
Renato afirmou ainda que era obrigado a cozinhar para mais de 100 pessoas sozinho e exigia a contratação de novos profissionais para que a demanda não fosse atendida sem tal sobrecarga, ele conta que foi ‘demitido’.
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