Jovem é preso suspeito de manter 15 “escravas virtuais”

A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) deu início nesta quarta-feira, 23, a Operação Gaslighting, contra um jovem de 18 anos que fazia com que meninas adolescentes enviassem a ele material pornográfico nas redes sociais, e as escravizava virtualmente. Ele foi preso na manhã desta quarta-feira, 23.

Ele mantinha pelo menos 15 “escravas virtuais”, com idades entre 15 e 17 anos e, de acordo com a apuração, o suspeito mandava que as garotas chamassem ele de “mestre” e que fizessem vídeos com conteúdo sexuais e automutilação, fazendo com que as vítimas escrevessem palavras com navalhas em seus corpos., além de tentar induzi-las ao suicídio.

O suspeito foi preso na própria casa, no Recanto das Emas, em Brasília. Ele possuía um canal no YouTube, contando com 4 mil inscritos, na qual postava vídeos sobre autoajuda e depressão, desse modo fazia com que ele ganhasse a confianças das garotas.

O jovem é aluno do curso de áudio e vídeo do Instituto Federal de Brasília (IFB), e segundo a equipe da DRCC, o autor utilizava a rede de computadores da instituição, para compartilhar o material ligado ao abuso sexual infantil para não ser “rastreado”.

Ao longo das buscas da residência dele, a corporação confirmou que ele armazenava pornografia infanto-juvenil, feitas com equipamentos de casa e no computador do IFB.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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