Jeferson Cavalcante Rodrigues e Raíssa Nunes Borges, denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pelo homicídio de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, vão a júri na próxima terça-feira, 29. A sessão começa a partir das 8h30, no auditório do Fórum Cível de Goiânia. Atuará na acusação o promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo, em sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.
O crime ocorreu há dois anos, no Setor Jaó, em Goiânia e teve grande repercussão. Segundo consta na denúncia, os jovens decidiram assassinar a adolescente para que Raíssa testasse se era ou não psicopata. Em 2021, o promotor de Justiça Cláudio Braga Lima a denunciou, juntamente com Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini, que a ajudaram na morte de Ariane. Enzo já foi a julgamento, tendo sido condenado a 14 anos de reclusão.
De acordo com a denúncia, o homicídio triplamente qualificado ocorreu por volta das 21 horas do dia 24 de agosto de 2021, dentro de um carro e contou com a participação também de uma adolescente. Conforme o MP, o crime foi praticado por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além disso, os réus ocultaram o cadáver numa zona de mata situada no Setor Jaó. Os três também foram denunciados por corrupção de menor, por terem envolvido a adolescente na prática do crime (em relação a esta, o caso tramitou no Juizado da Infância e Juventude, sob segredo de Justiça).
Transtorno de personalidade
Conforme inquérito policial, Jeferson, Raissa e Enzo e a adolescente conheceram Ariane em uma pista pública de skate. Segundo apurado, Raíssa decidiu realizar um teste prático a fim de averiguar se possuía transtorno de personalidade comportamental e antissocial (psicopatia), matando uma pessoa friamente e não sentindo remorsos.
Ariane foi escolhida por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer grande resistência. O grupo, então, organizou uma emboscada para a vítima, convidando-a para saírem juntos e tomar um lanche. Ariane foi colocada no banco de trás do carro, enquanto Jeferson dirigia pela cidade.
Posteriormente, a vítima foi estrangulada e desmaiou. Em seguida, ela foi esfaqueada. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro e, posteriormente, o jogou na mata, onde foi coberto por terra e pedras.