A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) segue investigando as possíveis causas do acidente do ônibus que levava torcedores do Corinthians de Belo Horizonte para São Paulo, na madrugada do último domingo, 20. Conforme apurado, 43 pessoas estavam no veículo e sete pessoas faleceram no acidente. Segundo o delegado responsável pelo caso, o motorista pode responder criminalmente.
Em uma coletiva nesta quinta-feira, 24, o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito, Helton Cota Lopes, relatou que a PC solicitou, para o hospital em que as pessoas feridas foram atendidas, acesso aos exames toxicológicos e de nível de álcool no sangue do condutor do ônibus. Caso o resultado encontre alterações, ele poderá responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
De acordo com a perícia, o ônibus não possuía condições adequadas de tráfego, como os pneus desgastados, assentos sem cinto de segurança e problemas nos freios.
De acordo a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), o ônibu estava em condições irregulares, uma vez que não possuía registro e autorização para realizar o transporte interestadual.
O motorista também é dono da empresa C. F. V. Martins Transporte – ME, responsável pelo ônibus. A subsede da torcida Gaviões da Fiel foi quem contratou a empresa.
Confira o momento do acidente:
Relembre o caso:
Sete torcedores do Corinthians morreram após um ônibus que os transportava capotar no KM 520 da Rodovia Fernão Dias, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, na madrugada deste domingo, 20.
O veículo seguia para Taubaté, interior de São Paulo, e havia deixado BH após uma partida do time paulista contra o Cruzeiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros, torcedores que estavam no ônibus relataram que o motorista gritou que o transporte estava sem freios.
A concessionária que administra o trecho, Arteris Fernão Dias, informou que o condutor do ônibus perdeu o controle do veículo quando entrou em uma curva, bateu contra um talude e capotou.