Trump se torna o primeiro ex-presidente dos EUA com foto para prisão

Trump se entrega em uma prisão e divulga sua primeira foto de identificação, conhecida como mugshot

O ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, é o primeiro ex-presidente norte-americano a ter uma foto de identificação para ficha na justiça do referido país, chamada de “mugshot”.

Trump foi fotografado dessa forma pela primeira vez na sua vida, tornando-se o primeiro ex-presidente norte-americano a ter uma mugshot. O clique aconteceu após ele se entregar em uma prisão no estado da Geórgia, nesta quinta-feira, 24.

O ex-presidente se entregou à justiça por ter sido acusado de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020. Apesar disso, o ex-presidente ficou pouco tempo detido, pois pagou uma fiança no valor de R$ 1 milhão. Além da mugshot, Trump recebeu também um número de identificação no sistema de justiça.

Sua mugshot foi compartilhada na internet pelo Trump na sua própria mídia social, Truth, acompanhada de um link da sua campanha de solicitação de doações, com a legenda “Hoje, na prisão notoriamente violenta do condado de Fulton, Geórgia, fui PRESO apesar de não ter cometido NENHUM CRIME”.

Além de Donald Trump, outras 11 pessoas acusadas de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020 já se entregaram à justiça americana. Entre eles, estiveram o último chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, e Harrison Floyd, mas este não teve liberdade sob fiança, como os demais.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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