O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) depõe nesta sexta-feira, 25, na sede da Justiça Federal em Curitiba, no Paraná. Ontem à noite, o ex-procurador alegou, em suas redes sociais, perseguição contra as autoridades que atuaram na Lava-Jato. “Foi intimado pelo CNJ sem nenhum tipo de explicação sobre o seu conteúdo, nem acesso aos autos eu tenho”, disse.
De acordo com Dallagnol, ele foi intimado sobre pena de condução coercitiva, ou seja, de forma impositiva.
Invocando uma regra do Código de Processo Penal que não se aplica para esse tipo de procedimento administrativo e ainda que eles quisessem invocar não tem força de lei. Totalmente estranho, a gente vai depor sem saber sobre o que se trata o conteúdo.
O ex-procurador da Lava-Jato foi intimado pelo ministro Luís Felipe Salomão para prestar esclarecimentos em correição extraordinária que apura irregularidades na operação, mas que está em sigilo.
O processo foi aberto em maio no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar a conduta de Eduardo Appio, juiz titular do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que terminou afastado após a divulgação de uma gravação em que ele teria intimidado o filho do desembargador Marcelo Malucelli.
Por ser genérica, a correição permite que outras autoridades, para além de Appio, sejam incluídas nos autos.