IBGE: Pobreza caiu pela metade no Brasil em 10 anos

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a pobreza no Brasil diminuiu pela metade em aproximadamente dez anos. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, 25, compara duas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – a última disponível, de 2017/2018, e a de 2008/2009.

Entre os anos de 2008 e 2009, quatro em cada dez brasileiros viviam em condições de pobreza, enquanto oito em cada vinte enfrentavam vulnerabilidade social. No entanto, esses números caíram para dois em cada dez e seis em cada dez, respectivamente, no decorrer de nove anos. Vale ressaltar que os efeitos da pandemia não estão contemplados nos dados.

A pesquisa considera que uma pessoa está em situação de pobreza quando detecta perdas e privações de qualidade de vida equivalentes a pelo menos duas dimensões do levantamento. Os índices variam de 0 a 100, e quanto menor o indicador menor a pobreza e a vulnerabilidade. Já para ser enquadrada em uma situação de vulnerabilidade, a pessoa precisa ter perdas equivalentes a, pelo menos, o tamanho de uma dimensão inteira, ou seja, metade da exigência para a classificação na situação de pobreza multidimensional.

Apesar dessa melhoria, as desigualdades persistem. Famílias com pessoa de referência negra ou parda, menor renda ou menor nível de instrução ainda concentram uma parcela significativa de indivíduos em situação de pobreza ou vulnerabilidade socioeconômica.

Utilizando 50 indicadores organizados em seis dimensões, o IBGE elabora três índices que abrangem uma visão mais completa das condições de vida: moradia; serviços de utilidade pública; saúde e alimentação; educação; acesso a serviços financeiros e padrão de vida; transporte e lazer.

Índices

Um dos índices, o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), apresentou uma queda de 65%, passando de 6,7 para 2,3 em nove anos. Isso significa que cerca de 44,2% da população brasileira (ou 84,1 milhões) viviam em algum grau de pobreza entre 2008 e 2009, número que caiu para 22,3% (ou 46,2 milhões) entre 2017 e 2018.

Da mesma forma, o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional (IVM) caiu 47%, de 14,5 para 7,7, indicando uma redução no número de pessoas vivendo em vulnerabilidade.

Embora haja melhorias significativas em todo o país, as disparidades permanecem, especialmente entre famílias com pessoa de referência negra ou parda. Para Leonardo Santos de Oliveira, analista da pesquisa, a queda não é suficiente para eliminar essas diferenças.

O estudo também destaca que questões como falta de acesso a serviços financeiros, educação, transporte e lazer tiveram um impacto maior nas famílias brasileiras, influenciando os graus de pobreza e vulnerabilidade. Portanto, estratégias multifacetadas são necessárias para combater e reduzir a pobreza, levando em consideração todas as dimensões abordadas pela pesquisa.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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