Homem que dizia ser pai de santo é condenado por crime sexual, em Goiânia

Homem que fingia ser pai de santo é condenado por crime sexual, em Goiânia

Nesta semana, em Goiânia, um professor que se passava por pai de santo foi condenado a sete anos de prisão, pelo crime de violação sexual mediante fraude. O homem de 66 anos, que não teve identidade revelada, também vai precisar pagar uma reparação mínima por danos morais à vítima, equivalente a 20 salários-mínimos, chegando a cerca de R$ 26.400. Ainda cabe recurso da decisão.

Entenda o caso da violação sexual em Goiânia

Segundo as informações do processo em questão em Goiânia, a vítima teve o primeiro contato com o homem enquanto ele trabalhava como professor em uma universidade. O acusado convidou a mulher a frequentar o terreiro onde dizia ser pai de santo. Logo na primeira consulta, em 2017, ele a orientou a ir vestida de maneira específica.

Os abusos começaram a ocorrer ao longo dos meses seguintes, até o ano de 2019. No total, a mulher relatou seis episódios diferentes de violência sexual. Quando a sentença foi proferida, a vítima afirmou que terminou um ciclo de dor e sofrimento da vida dela.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) atuou como assistente de acusação no caso e a decisão foi proferida em primeiro grau. Ainda cabe recurso. Contudo, segundo a vítima, a condenação fez a diferença para que ela tivesse a sua voz ouvida.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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