Caiado diz que estudo sobre Reforma Tributária é desconexão completa da realidade

O governador Ronaldo Caiado voltou a criticar o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao destacar que o levantamento, realizado para demonstrar efeitos positivos da Reforma Tributária, ancora-se em uma série de hipóteses simplificadoras e, portanto, pouco realista para derivar os seus resultados.

“A total falta de aderência com a realidade não contribui para a discussão da reforma tributária”, garantiu Caiado em artigo publicado nesta quinta-feira, 31, no site Poder 360.

Ao explicar que é apegado aos impactos reais das políticas públicas e não a modelos que preveem de tudo, o governador de Goiás questionou os métodos do estudo por colocar em patamar de igualdade municípios que vivem realidades distintas.

“O Brasil real não está submetido a modelos estatísticos que excluem tudo que causa ruído no resultado pretendido. Firulas acadêmicas não são capazes de dar um certificado de ciência ao mais puro achismo”, reforçou Caiado.

ESTUDO

Dentre outras fontes, o estudo do Ipea utiliza a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para as suas conclusões. No entanto, Caiado ressalta que essa base de dados não é representativa para os municípios.

“Ao adotá-la, os pesquisadores igualam Goiânia, capital do meu estado, a Cavalcante, que tem o menor patamar de desenvolvimento humano de Goiás. Será mesmo que a demanda por bens e serviços nessas cidades segue o mesmo padrão?”, questionou o governador, que classifica o estudo como uma  “desconexão completa com a realidade”.

Outro ponto que o chefe do Executivo goiano levanta dúvidas é com relação a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para ele, adotam estratégias bem otimistas. A pesquisa supõe que o Brasil crescerá, anualmente, a taxas de 1,5% ou 2,5% ao ano.

“Para se ter uma ideia, um crescimento de 2,5% praticamente dobraria o PIB nacional em 30 anos. Isso nunca foi registrado na história econômica nacional. Com tamanho crescimento, qualquer desenho de reforma tributária gerará ganhos”, explica Caiado.

Arrecadação

Ao citar um trecho do levantamento, o governador ainda esclareceu que o estudo considera a receita dos entes federados como uma só, como se estados e municípios compartilhassem a arrecadação.

Caiado a tese e afirma que a receita do estado pode até despencar, mas se os municípios que compõem a unidade da federação aumentarem, então terá um estado ganhador.

“Pergunto: os municípios assumirão as despesas obrigatórias dos estados que terão frustração de receita?”, argumentou Caiado.

Ao finalizar o texto da publicação, o governador foi enfático ao destacar que a falta de aderência com a realidade não contribui para a discussão da Reforma Tributária.

“O azar de quem busca impor autoridade acadêmica no grito é que as pessoas costumam formar suas opiniões a partir do conteúdo produzido pelos artigos e não pelos títulos das matérias jornalísticas”.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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