Mais de 40 pessoas são resgatadas em segunda clínica clandestina em Anápolis

Mais de 40 pessoas são resgatadas em segunda clínica clandestina em Anápolis

Nesta quinta-feira, 31, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) resgatou mais 43 pessoas presas em uma clínica clandestina em Anápolis, na Região Metropolitana de Goiânia. A maioria dos resgatados tem alguma deficiência intelectual e veio de outros estados. Eles estavam vivendo em um lugar insalubre sem receita ou orientação médica.

Esse resgate é resultado de um desdobramento de uma investigação que começou quando cerca de 50 vítimas, com idades entre 14 e 96 anos, foram resgatadas de outra clínica clandestina, quando uma família levou um idoso de 96 anos com sinais de maus-tratos e lesões em Anápolis.

Depois da divulgação do resgate, várias famílias entraram em contato com a Polícia Civil afirmando que não haviam encontrado seus familiares entre os resgatados, o que levou as forças de segurança a investigar a existência de outra clínica também gerenciada pelo mesmo casal, em que o marido segue foragido.

“As investigações continuaram. localizando esse segundo ‘depósito humano’, também às margens da BR-114, dentro de uma vegetação fechada. Encontramos 43 pessoas trancadas em um local pequeno, muitas amarradas às camas de cimento, sem alimentação ou medicação adequada”, narra o delegado responsável pela investigação, Manoel Vanderic, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai), de Anápolis.

Na segunda clínica em que a Polícia Civil fez o resgate, dois funcionários fugiram do local, mas foram identificados. De acordo com o delegado da Deai de Anápolis, ambos também responderão pelos crimes de cárcere privado e tortura qualificados. “O trabalho da polícia agora é encontrar outros elementos para tentar responsabilizar coautores e apurar, também, eventual participação das famílias nessa tortura e nesse holocausto que acontecia aqui em Anápolis”, finaliza.

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Procon Goiás interdita quiosque no Aeroporto de Goiânia

Fiscais do Procon Goiás interditaram, nesta quinta-feira, 02, um quiosque localizado no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, por práticas abusivas.

A ação ocorreu devido a denúncias recebidas de que vendedores desta empresa abordavam os passageiros oferecendo “pacotes de benefícios”. Eles fechavam contrato de adesão sem consentimento do consumidor.

Em 2024, o Procon Goiás recebeu cerca de 50 reclamações contra a empresa. No site Reclame Aqui também há uma série de reclamações contra ela.

Consumidores relatam que eram abordados próximos a escada rolante do aeroporto, alguns inclusive com horário já perto ao de embarcar, por pessoas oferecendo benefícios como descontos em assinaturas de TV, revistas e passagens aéreas, entre outros. Se o passageiro se negava a aceitar, os funcionários da empresa continuavam insistindo, afirmando que era uma “oportunidade única”.

Por esse serviço, seria cobrado um valor médio de R$ 1200 e ainda davam a possibilidade de parcelamento em cartão de crédito. Uma consumidora idosa relata que uma das pessoas que estava nesse quiosque chegou a pedir o cartão dela, olhou o número de segurança na intenção de fechar o contrato. A ação foi impedida pelo filho da idosa que desconfiou do suposto golpe.

Cuidados

O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, alerta que é preciso atenção dos que transitam pelo aeroporto.

 “Muitas vezes, esses vendedores se valem da pressa dos passageiros, da vulnerabilidade de idosos, falam muitas coisas ao mesmo tempo, causando confusão no raciocínio da pessoa e acabam vencendo pelo cansaço. O consumidor tem que estar atento, negar essa contratação e não entregar nenhum tipo de documento ou cartão sem saber, de fato, do que se trata o serviço”, afirma.

Interdição

A empresa já havia sido notificada pelo Procon Goiás no final do mês de outubro de 2024, mas não apresentou documentações consideradas suficientes aos questionamentos do órgão.

Nessa nova fiscalização, a empresa foi interditada e teve suas atividades suspensas por não ter um contrato de adesão com cláusulas claras e não passar informações adequadas aos consumidores. Além de utilizar publicidade enganosa e de captar os clientes de forma abusiva.

Até que faça todas as adequações necessárias, a empresa está proibida de fazer qualquer tipo de comércio, inclusive de maneira eletrônica.

O consumidor que se sentir lesado, pode fazer reclamações ou denúncias no Procon Goiás pelos telefones 151 (Goiânia) ou (62) 3201-7124 (cidades do interior). O registro pode ser feito ainda pela plataforma Procon Web.

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