O vereador Carlos Canzi, mais conhecido como Carlinhos Canzi (Cidadania), acusou publicamente a exclusão de seu marido de uma sessão solene realizada da Câmara Municipal de Jataí, no sudoeste goiano, alegando homofobia. Segundo o vereador, a exclusão foi notória durante a cerimônia de entrega de honrarias, enquanto todas as esposas dos vereadores foram convidadas para ocupar a tribuna de honra.
Carlinhos Canzi, casado oficialmente com o arquiteto César Neto há dois meses, expressou sua insatisfação com a situação: “Todas as mulheres dos vereadores foram convidadas a fazer parte da tribuna de honra, e algumas delas que estavam com seus respectivos vereadores são apenas namoradas. Eu sou casado no papel com o César”, desabafou o vereador.
César Neto, o marido de Carlinhos, relatou que ficou surpreso ao perceber que não havia sido chamado para ocupar a tribuna durante a cerimônia, que ocorreu normalmente no dia 1º deste mês. O casal agora espera uma retratação, e César enfatizou a importância do respeito: “Você não precisa gostar, bater palmas e aplaudir, mas você precisa respeitar, está na lei e é crime fazer o contrário”, declarou.
O chefe de gabinete de Carlinhos anunciou que o vereador solicitará a abertura de um procedimento administrativo para investigar o caso.
Resposta
A Câmara Municipal de Jataí divulgou uma nota no Instagram, negando veementemente qualquer ocorrência de homofobia em suas dependências. O comunicado, em nome do presidente da Casa, esclareceu que as acusações feitas por Carlos Canzi são falsas.
O documento da Câmara também explicou que o companheiro de outra vereadora também não foi convidado para se sentar na tribuna de honra devido a questões de logística. No entanto, a instituição reconheceu que houve um “incidente” durante a sessão e que o marido de Carlinhos e o companheiro da outra vereadora não foram chamados para a tribuna, ao contrário do que ocorreu com os demais vereadores.
No ofício anexado à nota, o presidente Abimael Silva lamentou as falhas na organização e na comunicação, assegurando que não houve a intenção de ofender os vereadores ou diminuir a relevância de seus companheiros na comunidade.