Aula de yoga é confundida com ritual assassino: “surreal e engraçado”

A polícia de Lincolnshire, no Reino Unido, recebeu uma denúncia sobre um suposto ritual de assassinato em massa, na quarta-feira, 06. Entretanto, tudo não passou de um mal-entendido, uma vez que o “ritual” se tratava de uma aula de yoga, que acontecida em um estabelecimento no vilarejo litorâneo de Chapel St. Leonards.

Para atender a ocorrência, cinco viaturas chegaram ao café Seascape, localizado dentro do Observatório do Mar do Norte. Segundo a instrutora de yoga, Millie Laws, ao escutar que ela e os alunos foram denunciados por participar de um ritual de assassinato pensou que tudo fosse uma “piada”. Ao averiguar a situação, a polícia de Lincolnshire confirmou que estava todo mundo bem e que, apesar da confusão, a denúncia foi feita com “boas intenções”.

De acordo com Laws, ela estava dando aula para sete alunas quando viu pela janela duas pessoas passeando com cachorros e olhando atentamente para a aula. O caso aconteceu durante a fase de relaxamento na aula que, conforme explica a instrutora de yoga, os alunos estavam deitados com cobertores sobre eles e com os olhos fechados. “Estava muito escuro lá, só tinha velas e pequenas lamparinas acesas em toda a sala, e eu estava andando por ali tocando meu tambor”, disse.

Ela conta que o casal ficou olhando para a sala de yoga, mas que foram embora rápido e por isso não ficou pensando sobre isso, até o momento que a aula. “Saímos e telefonaram dizendo que havia um assassino em massa. Disseram que havia uma pessoa vestindo um manto e caminhando entre outras pessoas, que parecia um ritual e que as pessoas no chão estariam mortas”, afirma ela, explicando que de fora poderia parecer que era um ritual, já que os alunos estavam quietos, tranquilos e relaxados.

Movimentação incomum de policiais

A instrutora de yoga se mudou para o vilarejo litorâneo há apenas três meses, afirmando que ver a movimentação policial em uma “pequena vila no meio de Lincolnshire foi uma loucura”, definindo o momento como “um pouco surreal e engraçado”. Segundo Law, ela se sente mal pelo susto da pessoa que telefonou para a polícia, mas que ao mesmo tempo é preciso que veja o lado mais leve.

Para tranquilizar os moradores, os gerentes do café publicaram uma nota pelo Facebook esclarecendo a situação e agradecendo pela resposta policial. Veja a nota

Se alguém ouviu as sirenes da polícia em Chapel St. Leonards às 21h30 da noite passada, fique tranquilo.

Eles estavam a caminho do observatório depois que alguém relatou um assassinato em massa em nosso prédio, tendo visto várias pessoas deitadas no chão, o que na verdade era a aula de yoga.

Obrigado à polícia de Lincolnshire por sua pronta resposta. Não consigo imaginar nem por um momento o que estava passando por suas cabeças no caminho.

Não fazemos parte de nenhuma seita maluca. Em suma, essa situação revelou-se positiva e estamos, claro, gratos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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