Gusttavo Lima e mais três pessoas investigados por crime ambiental

O cantor Gusttavo Lima e mais três pessoas podem ser indiciadas pela Polícia Civil por crime contra o meio ambiente. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), o cantor estaria aumentando, sem licença ambiental, a represa que existe em sua fazenda em Bela Vista de Goiás. Ela passaria de três hectares para quatro. Além do artista, podem ser indiciados também o administrador Jorge Pedro Kunzler, a arquiteta Alessandra Lobo e o biólogo Luciano Lozi.

De acordo com o delegado, dois Termos Circunstanciados de Ocorrência foram registrados para investigar se houve ou não crime ambiental, já que essa represa estaria sendo construída próxima a uma rodovia. Para realizar a obra seria necessário que o cantor tivesse a autorização da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).

Gusttavo publicou em seus perfis nas redes sociais que quando comprou a fazenda, no ano passado, a represa já existia. E completou que quis ampliar a represa este ano e que o pedido de licença ambiental está em análise. “Não pode haver conclusão de inquérito sem perícia técnica, as obras referente a ampliação do lago estão paralisadas desde que foi protocolado o pedido”.

Esta não é primeira polêmica em que o cantor se envolve. Na última quarta-feira, 21, ele publicou em sua conta no Instagram um vídeo em um clube de tiros na Flórida, nos Estados Unidos. No post, Gusttavo aparece atirando com uma arma de grosso calibre (uma Barrett.50).

Na legenda ele escreveu: “Hoje em dia no Brasil só está desarmado o cidadão de bem. Revogação do Estatuto do desarmamento já… Nossas famílias e nossas casas protegidas, Barrett .50… Tarde no clube de tiro, thank you brooo”, usando a hashtag “Bolsonaro2018” e marcando o pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, reforçando o apoio ao político. A postagem deixou seus fãs divididos. Nos comentários haviam vários que apoiam Gusttavo Lima, mas muitos que discordam da opinião do cantor.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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