Crédito Social: sondagem mostra que 89,4% dos beneficiados viraram empreendedores

Sondagem com beneficiados do Crédito Social, realizada e divulgada pelo Escritório de Projetos Setorial da Secretaria de Estado da Retomada, indica o sucesso do programa que estimula a população vulnerável a iniciar uma atividade rentável. O Crédito Social foi criado pelo Governo de Goiás em abril de 2021, por meio do Goiás Social e da Retomada, para incentivar o trabalhador a empreender com as técnicas aprendidas em cursos de capacitação dos Colégios Tecnológicos (Cotecs).

O repasse, de até R$ 5 mil, é feito para alunos que concluíram um curso do Cotec e estão com perfil ativo no CadÚnico do governo federal. O dinheiro é para aquisição de ferramentas e insumos. Das pessoas beneficiadas que responderam à pesquisa, 97,5% já compraram os equipamentos e produtos necessários para começar o novo negócio e 89,4% declararam que fizeram as aquisições e já estão trabalhando na área de capacitação.

“Além de incentivar o empreendedorismo e gerar emprego e renda para pessoas vulneráveis, o Crédito Social ainda estimula a economia dos municípios goianos, pois o recurso do cartão só pode ser gasto em comércios locais do município em que o beneficiário mora. Assim, a gente faz o dinheiro chegar onde é necessário”, ressalta o governador Ronaldo Caiado.

De julho de 2021 a julho de 2023, o Crédito Social chegou a 8.752 goianos, somando um investimento de mais de R$ 19 milhões. A pesquisa que mostra o aproveitamento quase total do recurso para iniciar uma atividade rentável foi realizada com 21,82% dos beneficiados.

“A política social mais efetiva é aquela que possibilita uma verdadeira travessia, uma porta de saída da pobreza. Trabalhamos para que as famílias goianas tenham dignidade e autonomia e possam ter a oportunidade de um futuro melhor”, afirma a primeira-dama Gracinha Caiado, que é coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS) do Governo de Goiás.

Em 2023, entre os cursos oferecidos que liberaram o Crédito Social para os alunos certificados estão: confeitaria, serviços de beleza, corte e costura, maquiagem e massoterapia. “Eu estou fazendo maquiagem e amando, porque eu não tinha formação nenhuma e agora com esse curso eu pretendo entrar na área de trabalho, ganhar dinheiro para cuidar dos meus filhos”, planeja Luciana Cerqueira, aluna do Cotec.

“Este é um governo que realiza, que entrega e que tem contribuído para que muitos goianos se tornem empreendedores e pequenos empresários. É um desafio dado pelo governador e pela primeira-dama, que cumprimos com orgulho e satisfação”, destaca o secretário da Retomada, César Moura, sobre a importância do projeto à geração de empregos e oportunidades aos goianos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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