Setembro Amarelo: Governo de Goiás trabalha na prevenção do suicídio

Setembro Amarelo: Governo de Goiás trabalha na prevenção do suicídio

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), participa da campanha Setembro Amarelo com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre o grave problema do suicídio. De 2019 a agosto deste ano, mais de 2,8 mil pessoas tiraram a própria vida no estado. Quando se fala em tentativas, o número é quase seis vezes maior, o que coloca Goiás em oitavo lugar no país. Com o tema: “Já parou para falar com alguém hoje?”, o Setembro Amarelo de 2023 foca no autocuidado e no acolhimento do próximo. O dia 10 de setembro é marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

A faixa etária que concentra o maior número de pessoas que cometem suicídio em Goiás é a de 20 a 59 anos. “Se você ou alguém que você conhece, está passando por dificuldades, não hesite em procurar ajuda profissional. Lembre-se de que você não está sozinho”, reforça a coordenadora de Cuidados da Saúde às Pessoas em Situação de Violência das SES, Ana Maria Porto. “O diálogo sobre autocuidado e escuta podem salvar vidas. Isso funciona dos dois lados. Se eu preciso de ajuda eu vou ser incentivado a me comunicar. E se eu posso oferecer escuta eu preciso estar atento a esse cuidado”, ressalta.

As orientações, de modo geral, envolvem sinais como isolamento e distanciamento da família, dos amigos e da comunidade; mudanças no desempenho no trabalho ou nos estudos; falas como “tenho vontade de sumir”, “acho que estarão melhor sem mim”, ou outras que remetem à falta de sentido da vida; publicações nas redes sociais com conteúdo de cunho pessimista, autodepreciativo, entre outros.

A coordenadora lembra que, embora o 10 de setembro seja o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em Goiás, o Dia D para ações nos municípios está previsto para o dia 20. A SES orienta todas as suas unidades, incluindo as regionais de saúde, a realizarem atividades com palestras e rodas de conversas em prol da campanha, de forma a envolver a população, com orientações sobre sinais e o que fazer em caso de identificação da pessoa com sintomas de problemas psicológicos e emocionais.

A secretaria também vai promover ações específicas visando servidores da pasta. No dia 13 de setembro serão realizadas apresentações culturais e atendimentos de Práticas Integrativas Complementares (PICs) como auriculoterapia, homeopatia e dança corporal, no espaço da Feira do Cerrado, na sede da SES, a partir das 9 horas. No dia 22, as Superintendências de Atenção Integral à Saúde (Spais) e de Vigilância em Saúde (Suvisa) se unem para também oferecerem as PICs e palestras sobre o tema a seus servidores.

Para atendimento, os interessados devem buscar ajuda nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e de Pronto Atendimento (UPAs), Samu 192, entre outros. E, ainda, a escuta emergencial do Centro de Valorização da Vida (CVV), no número 188 (ligação gratuita). Em caso de risco iminente de suicídio, ligue no 190 ou 193.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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