O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira, 12, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,23% no último mês de agosto. O percentual foi quase o dobro do que foi registrado no mês anterior e, assim, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%.
Mais aumentos na energia
Além do fim desse bônus aumentar o valor da conta de energia elétrica, outro fator pode aumentar ainda mais o preço a ser pago pelo consumo no próximo mês de outubro em Goiás. Em julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a abertura da consulta pública para discutir a proposta de Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Goiás Distribuidora de Energia S.A.
A consulta pública aconteceu no último dia 17 de agosto, no Auditório Eli Alves Forte da OAB/GO, que aprovou reajuste de 6,56%, sendo de -3,91% para os consumidores conectados na Alta Tensão e de 10,62% para os consumidores conectados na Baixa Tensão. O aumento passa a vigorar a partir de 22 de outubro de 2023 para 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios goianos.
Levantamento do IPCA
Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para o levantamento do IPCA apresentaram aumento no último mês. Artigos de residência, comunicação e transportes foram os dois únicos grupos que apresentaram redução na variação dos preços e as despesas pessoais mantiveram com o mesmo percentual.
Entre os seis grupos de produtos e serviços que aumentaram o percentual do IPCA, destaque fica com os gastos com habilitação que inclui o consumo de energia elétrica cujo custo aumentou em 4,59%, com impacto de 0,18 pontos percentuais no índice geral.
O gerente do IPCA/INPC, André Almeida, explica que o aumento do custo da energia elétrica se deve ao fim de um bônus de Itaipu aplicado em razão de um saldo positivo da hidroelétrica em 2022. “Esse bônus foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica.