Procuradores recorrem de decisão que anulou leniência da Odebrecht

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) recorreu nesta terça-feira ,12, para reformar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli que invalidou todas as provas da Operação Lava Jato obtidas nos acordos de leniência da Odebrecht.

No recurso, a associação argumenta que a validade do acordo deve ser mantida. Segundo a ANPR, o Ministério Público Federal (MPF) agiu de acordo com a lei ao celebrar os acordos, e as informações obtidas na Suíça e nos Estados Unidos durante as investigações seguiram a tramitação legal de cooperação jurídica.

“Os acordos de colaboração premiada celebrados com diretores e empregados da Odebrecht, que se valeram também de provas extraídas dos sistemas da companhia e que foram entregues voluntariamente, foram firmados pela Procuradoria-Geral da República e homologados pelo próprio Supremo Tribunal Federal, que, na época, reconheceu sua validade”, afirma a associação.

Sobre a determinação de Toffoli para abertura de investigação contra ex-procuradores da Lava Jato, a ANPR sustentou que a medida é ilegal. “Tal medida revela uma desmedida malversação do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório”, acrescentou.

Na semana passada, após a decisão do ministro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai criar uma força-tarefa para investigar agentes públicos por desvios de conduta cometidos durante a Operação Lava Jato.

Não há prazo para o julgamento do recurso pelo Supremo.

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Homem que tentou sequestrar criança passou a noite em rave, diz amigo

Um incidente chocante ocorreu na zona norte de São Paulo, onde um homem tentou sequestrar uma criança de 3 anos. De acordo com relatos, o suspeito passou a noite anterior em uma rave, um detalhe revelado por um amigo que testemunhou e impediu o sequestro.

“Esse rapaz colaborou bastante. Eles estavam juntos, saíram de uma balada rave, [ficaram] a noite inteira, saíram pela manhã. Ele evitou o crime maior. A Polícia Civil o trata como testemunha”, revelou o delegado Luiz Eduardo, do 40º DP (Vila Santa Maria).

Imagens de câmeras de segurança mostram que, no dia do incidente, a criança estava passeando de mãos dadas com a babá em uma calçada, quando foi perseguida pelo suspeito. O homem esticou a mão para a criança, que se afastada assustada.

A babá, então, pega o garotinho no colo e volta a caminhar em direção aposta ao suspeito, que os persegue mais uma vez. Nesse momento, o suspeito puxa a mulher pelos cabelos e a joga em um gramado.

Em seguida, o homem dá um chute na mulher e pega o menino no colo. Ele, então, caminha em direção à avenida, quando surge o amigo dele e impede a ação. A babá consegue recuperar o garoto, que está chorando.

O amigo da vítima chegou a ser preso no dia do crime, mas foi liberado após prestar depoimento. Ele informou não saber o motivo do amigo em cometer o crime. Já o suspeito permaneceu em silêncio e disse não ter explicação para o ato que cometeu.

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