Nesta terça-feira, 19, pesquisadores afirmam que encontraram o RNA de um tigre da Tasmânia, armazenado no Museu Sueco da História Natural, em Estocolmo, deste 1891, e foi recuperado da pele e músculo dissecados. Com o material genético que tem semelhanças estruturais com o DNA, essa é a primeira vez que o RNA, muito menos estável que o DNA, é recuperado de uma espécie extinta.
Para esclarecer, tanto o DNA quanto o RNA são moléculas que definem as características que dão origem e caracteriza os serem vivos. O primeiro, DNA, é uma molécula de fita dupla com o código genético de um organismo, e o RNA é uma molécula de uma única fita que carrega informações genética herdadas do DNA e coloca essa informação em prática.
De acordo com a CNN, a intenção do estudo não é recriar a espécie, mas o material possibilita extrair, sequenciar e analisar o RNA antigo de forma a recriar a espécie extinta. Outra possibilidade trazida com este e outros estudos é decifrar a causa de pandemias anteriores.
O tigre da Tasmânia era um marsupial carnívoro com listras no dorso e com tamanho de um cachorro. Caçador de cangurus e outras presas, o marsupial andava pelo território da Austrália e ilhas próximas, mas foi extinto pelos humanos.
Outras pesquisas têm extraído o DNA tanto de animais quanto de plantas extintas. Algumas das espécies chegam a mais de dois milhões de anos que existiram no Planeta Terra.