Nesta terça-feira, 19, oito pessoas foram presas preventivamente e mais quatro, em flagrante por suspeita de pesca predatória, fraude fiscal e lavagem de dinheiro. A Polícia cumpriu mais de 20 ordens judiciais, entre mandados de buscas e prisões preventivas cumpridas em três estados além de Goiás: Mato Grosso, Rondônia e Acre.
As prisões ocorreram no âmbito da Operação “Fishing Company” cujas investigações começaram no final do ano passado, para fiscalizar as peixarias e conveniências do município de Aragarças, na região sudoeste de Goiás.
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) descobriu que empreendimentos dos integrantes do grupo criminoso comercializavam pescado de origem predatória, com peixes capturados com redes de malha de tamanho proibido e espécies proibidas. Além disso, a emissão das notas fiscais era feita por empresas localizadas em Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Em Rondônia e Acre, as autoridades de lá constataram que as empresas que emitiam as notas fiscais não existiam de fato, apenas no papel, configurando a fraude fiscal, pois as notas forjavam a origem lícita dos produtos comercializados.
A Polícia Civil descobriu ainda que o grupo fazia transações financeiras de alto valor entre si, alguns superiores a R$ 2 milhões. Após a prisão, o suspeitos vão responder por associação criminosa por praticar os crimes de pesca predatória, fraude fiscal, duplicata simulada e lavagem de dinheiro.