Professora é demitida após ler trecho sobre genitálias em “O Diário de Anne Frank”

Professora é demitida após ler trecho sobre genitálias em “O Diário de Anne Frank”

Uma professora do Texas, nos Estados Unidos, foi demitida após convidar alunos a ler páginas ‘pornográficas’ do Diário de Anne Frank. As páginas consideradas ‘inapropriadas’ foram retiradas da primeira publicação do livro, mas voltaram a ser exibidas anos depois.

Um porta-voz da Hamshire-Fannett Independent School District, Mike Canizales, disse que os alunos do oitavo ano “estavam a ler um conteúdo que não era apropriado”. O representante se refere às passagens de 24 de março de 1994, onde Anne conta sobre o deslumbramento com a nudez do corpo feminino e que pede para que uma amiga mostre os seios para ela.

“A leitura desses conteúdos vai terminar imediatamente”, escreveu no e-mail dirigido aos pais dos alunos. “A professora vai pedir desculpa aos pais e aos alunos em breve, tal como já o fez conosco”. Esse pedido de desculpas nunca chegou, tendo sido a professora mandada para casa e substituída no dia seguinte, por motivos relacionados “com as suas seleções curriculares para a hora da leitura”.

A mãe de uma das alunas se mostrou revoltada com a situação e preocupada com as passagens lidas pela filha. “Já era mal se ela os obrigasse a lê-las para um trabalho, mas pedir-lhes para ler em voz alta o relato de uma menina a sentir seus seios e o seu êxtase ao ver uma mulher nua… Isso não está certo”, queixou-se ao The Washington Post.

A escola assegura que o livro em questão, republicado com as novas páginas em 2018, não foi aprovado para leitura. Uma investigação da polícia deve investigar se isso é verdade, já que a autobiografia em questão foi incluída na lista de leitura enviada aos pais no início do ano letivo.

Inclusão do trecho

As passagens foram incluídas ano após o livro ser lançado. Na passagem contém uma breve descrição dos genitais femininos e masculinos, e foi incluída na autobiografia após o pai de Anne Frank perceber o quão importante eram para os jovens da mesma idade que a autora.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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