Governo de Goiás habilita três empresas para elaborar projetos de mudanças no Serra Dourada

Três grupos empresariais foram autorizados pelo Governo de Goiás a iniciarem os estudos para a completa revitalização e transformação do Estádio Serra Dourada e do Ginásio Valério Luiz de Oliveira (Goiânia Arena), em Goiânia, em um Distrito de Esporte e Entretenimento. O projeto prevê naquele espaço, além dos jogos de futebol, atividades esportivas e oferta de serviços e inúmeras opções de lazer. O Grupo de Trabalho à frente desta iniciativa é liderado pelo vice-governador Daniel Vilela. O Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 21, deu publicidade aos seguintes nomes: RNGD – Consultoria de Negócios, Consórcio Novo Serra Dourada e Progen S.A. Com o parecer técnico favorável da Comissão Especial de Avaliação e Seleção, elas terão a partir de agora prazo máximo de 90 dias para entregar os estudos finalizados.

Próximos passos

A previsão é que estes mesmos documentos sejam avaliados em janeiro do próximo ano, quando então o Executivo baterá o martelo no modelo que considerar ideal para que o Serra Dourada se torne um grande espaço multiuso. Os próximos passos são a formatação do edital de licitação e a realização de consulta e audiências públicas a respeito do projeto. Posteriormente é feito o processo licitatório. E com a consequente escolha da empresa, a previsão é que as partes envolvidas assinem contrato no segundo semestre de 2024.

O cronograma acima foi detalhado ao vice-governador por técnicos que integram o Grupo de Trabalho do Serra Dourada em reunião ocorrida na última terça-feira ,19/09, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Outros órgãos também participam das discussões sobre o Distrito de Entretenimento do Complexo do Serra Dourada, como a Goiás Parcerias e as Secretarias de Esporte e Lazer (Seel), Geral de Governo (SGG) e de Administração (Sead).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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