Moradores de Senador Canedo denunciam falta de água

Em um vídeo, uma moradora de Senador Canedo, não identificada, se ajoelha para implorar ao prefeito do município, Fernando Pellozo, atenção sobre o problema com falta de água. Ao Jornal Diário do Estado (DE), a prefeitura municipal informou que a Vila Galvão, onde a moradora fala sobre a falta de água, não está com problemas e que o abastecimento está normal.

Na filmagem, a mulher diz que há um tempo havia feito um vídeo sobre Senador Canedo, mas que dessa vez, estava gravando para suplicar por atenção. “Hoje, eu estou aqui, para pedir de joelhos, senhor prefeito: tenha piedade de nós. Nós não podemos viver sem água senhor Pellozo, tenha dó. Nós temos crianças em casa. As mulheres trabalham, chegam a noite e não tem uma gota de água para fazer comida, senhor prefeito”, afirma.

Em seguida, a mulher reforça o pedido. “Tenha misericórdia de toda a população de Senador Canedo. Inclusive, Galvão e Vila São João, nós não temos mais condições de viver desse jeito. Por favor, tenha dó de nós, tá bom? Muito obrigada”, disse.

Em outros vídeos publicados pelo portal Canedenses Goiás (CGO), os moradores também reclamam da falta de água. No primeiro, o residente mostra uma torneira que não saí água. Já no outro, uma mulher mostra a pia com louças e a máquina de lavar roupas com as peças sujas. “Vê se tem lógica? Sem água aqui nesse Marília [Residencial]. Olha, como tá a pia, lotada! Roupa, nem se fala. Cadê a água, prefeito? Pelo amor de Deus. Estamos morrendo de sede”, reclamou.

O portal publicou o conteúdo, sob contexto de que a nova onda de calor deve gerar uma temperatura de até 39°C em Senador Canedo e que a situação pode ser pior para alguns moradores do município que sofrem com a falta de água há mais de 15 dias.

O DE tentou entrar em contato com a Agência de Saneamento de Senador Canedo (SANESC), mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.

Veja o vídeo da mulher implorando pela atenção do prefeito de Senador Canedo:

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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