Google é processada por negligência após homem cair de ponte enquanto usava Maps

Um homem morreu após cair com o carro de uma ponte que havia desabado há nove anos, nos Estados Unidos. Com isso, a família de Philip Paxson, um vendedor de dispositivos médicos, está processando a Google por negligência, uma vez que o homem estava seguindo instruções do Google Maps.

Segundo os familiares do homem, a Google já havia sido informada sobre o desabamento da ponte, mas não atualizou o GPS. O caso aconteceu em setembro de 2022 e uma ação foi movida na terça-feira, 19, no Tribunal Superior do Condado de Wake.

Conforme informado, o homem estava voltando da festa de aniversário da filha e passou por um bairro desconhecido. Então, o Google Maps instruiu que ele cruzasse uma ponte. Com isso, ele sofreu uma queda de seis metros, segundo a Associated Press.

O corpo dele foi encontrado dentro de um Jeep Gladiator, carro que conduzia, que estava parcialmente submerso. De acordo com a polícia, não havia sinalização ao longo da estrada.

A viúva do homem, Alicia Paxson, informou a Associated Press, que as filhas perguntam sobre a morte do pai e que ela não tem respostas. “As nossas meninas perguntam como e por que o pai delas morreu, e fico sem palavras que elas possam entender, porque, como adulta, ainda não consigo entender como os responsáveis pelas direções do GPS e da ponte puderam ter agido com tão pouca consideração pela vida humana”, afirmou.

De acordo com a Patrulha Estadual da Carolina do Norte, a ponte não era administrada pelas autoridades locais e estaduais. Além disso, a empresa responsável pela ponte havia sido dissolvida.

A entidade informou ainda que o Google Maps já havia sido notificado várias vezes sobre o desabamento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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