O último mês de agosto foi o mês mais quente já registrado e, também, o 45º agosto consecutivo do mundo e o 534º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX, diz a cientista-chefe da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA). A afirmação vem depois da divulgação de um relatório sobre o clima elaborado pela agência.
“As ondas de calor marinhas globais e o crescente El Niño estão a provocar um aquecimento adicional este ano, mas enquanto as emissões continuarem a impulsionar uma marcha constante de aquecimento de fundo, esperamos que novos recordes sejam quebrados nos próximos anos”, aponta o relatório.
A agência indica ainda que a temperatura média global da superfície terrestre e oceânica em agosto foi 1,25ºC acima da média do século XX, de 15,6ºC, classificando-se como o agosto mais quente no registro climático global de 174 anos. A Europa e a Oceania foram os continentes com o segundo agosto mais quente que já vivenciaram e o mais mais quente para a região do Ártico.
A temperatura global da superfície do mar atingiu um recorde máximo para o mês. O relatório da agência indica que o último mês de agosto apresentou um recorde para a anomalia mensal mais alta da temperatura da superfície do mar, com 1,03ºC acima do normal, de qualquer mês no registro climático da NOAA.
Em escala global, o relatório da agência americana revela que, de acordo com a Perspectiva Anual Global da Temperatura do NCEI e os dados até agosto, a previsão é de que 2023 tem 95% de probabilidade de ser um dos dois anos mais quentes do mundo já registrados.