Marconi defende cortes de gastos públicos

O governador Marconi Perillo fez uma análise do momento político e econômico brasileiro, durante o Fórum Goiás em Debate “Virada de Página na Política e Economia – Nova Visão de Gestão de Estado”. Ele defendeu projeto ousado para o país, com cortes de gastos públicos e aprovação de reformas essenciais. “Acho que o próximo presidente do Brasil deverá, após ganhar as eleições, ampliar o leque de reformas, especialmente as mais essenciais, e apresentá-las ao Congresso Nacional no primeiro dia do governo. Mudanças corajosas. Acho exagero os gastos do Brasil com justiças especializadas. Acho exagero ter três senadores por Estado e um Congresso com tantos deputados federais. Vamos precisar de alguém com coragem para colocar o dedo nas feridas”, avaliou o governador.

Para ele, o presidente da República, Michel Temer, tomou medidas certas na hora oportuna. “Ele foi alertado, certa vez, por um publicitário, de que deveria aproveitar o momento de baixa popularidade para se preocupar com sua biografia. E ele teve coragem. Encaminhou as reformas necessárias ao Congresso e, como resultado, tivemos uma inflação que despencou de 10 para 3; taxa Selic de 15 para 6; e o PIB começa a reagir, crescendo, e, consequentemente, o emprego”.

O governador ainda disse que a União gasta pouco com áreas essenciais. “O SUS é mal financiado, quem cuida para valer da Saúde são os Estados e os Municípios; e na Educação, a mesma coisa. Segurança Pública é um disparate. A Constituição não previu que a União investisse recursos na segurança do cidadão. Isso faz com que, a cada ano, os Estados invistam mais para anteder às demandas constantes”. O governo de Goiás investiu em Segurança, citou o governador, em 2011, R$ 1,4 bilhão. Em 2017, R$ 3,3 bilhões. “Então é preciso que haja maior investimento por parte da União”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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