Golpe da falsa central telefônica: homem teve prejuízo de mais de R$ 100 mil

A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/Deic), cumpriu na terça-feira, 26, outros cinco mandados de busca e apreensão referentes ao golpe da falsa central telefônica. Na quarta-feira, 27, a corporação efetivou 20 mandados de prisão, 16 de busca e apreensão, e bloqueou mais de 280 contas bancárias na Operação Fallere.

Segundo o delegado responsável, Leonardo Dias, a PCGO contou também com o apoio do Departamento de Investigações Criminais de São Paulo, e que os mandados foram cumpridos na região metropolitana paulista e em Goiânia. “Essa Operação tem o objetivo de reprimir o suposto golpe da falsa central telefônica, onde os criminosos se passam por funcionários de agências bancárias e conseguem obter as informações das vítimas, e assim, causam imensos prejuízos”, explicou.

Nessa fase da Operação, foi investigado o caso de uma vítima goiana que teve prejuízo financeiro avaliado em mais de R$ 100 mil. De acordo com as investigações, um dos criminosos se passou por um entregador expresso, foi até a residência da vítima e coletou o cartão bancário e aparelho celular. Então, o golpe foi aplicado, uma vez que o suspeito utilizou os objetos para transferir os valores.

Golpe

No golpe, os suspeitos simulam um contato com o banco, enganado as vítimas para que façam transferências fraudulentas, além de furtar os cartões bancários, segundo a PCGO. De acordo com a corporação, uma idosa de Goiás sofreu o prejuízo de R$ 185 mil.

“A organização criminosa iniciou a abordagem da vítima se passando por funcionária do cartão de crédito e questionando se ela havia efetuado a compra de um televisor. A vítima, obviamente, negou a aquisição, e, então, foi orientada a desligar a ligação e ligar imediatamente para a central de relacionamento do seu banco, através do telefone constante no verso do seu cartão”, informou a PCGO.

Os suspeitos teriam se aproveitado de uma falha no sistema e simularam uma “nova” ligação da central do banco com a vítima. A ligação, para um telefone 0800, se passava por um funcionário do banco e orientava que a mulher efetuasse dois pagamentos para uma suposta “simulação” e, então, o criminoso tentaria sacar o valor.

A metodologia de aplicação do golpe seguiu e os suspeitos solicitaram que a vítima fosse a agência bancária trocar a senha, repassando-a ao falso funcionário do banco. Com isso, a mulher efetuou diversas transações bancárias diretamente pelos criminosos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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