Ação avalia 2 mil processos de violência doméstica

A 10ª Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa teve inicio na manhã de ontem, 5, trazendo palestras que tratam de assuntos como ‘A comunicação não violenta’. O evento será realizado até sexta-feira, na Universidade Salgado Oliveira (Universo). A iniciativa é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e em Goiás é promovida pela Coordenadoria Estadual da Mulher Em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO).

Segundo a coordenadora de equipe da Justiça Restaurativa do Fórum Criminal e psicóloga Thayssa Moiana, que concedeu entrevista ontem no estúdio do Diário do Estado, disse que a ação foi criada para sensibilizar e otimizar os julgamentos dos casos de violência doméstica. Com o tema Infidelidade e Novas Tecnologias, serão realizadas durante toda semana palestras, círculos reflexivos, círculos restaurativos e oficinas de autocuidado para mulheres; para sensibilizar a atenção pela causa, fortalecer essas mulheres e refletir com os homens sobre o assunto.

A expectativa é que o Tribunal de Justiça, em todo o estado, possa dar andamento a dois mil processos tratando sobre violência doméstica e feminicídio. Em Goiânia, estima-se que 300 casos sejam atendidos. Ainda segundo a coordenadora, a Semana da Justiça Pela Paz em Casa acontece três vezes ao ano. As próximas semanas estão previstas para os meses de agosto e novembro desse ano, com outra programação e outra proposta. O desafio do TJ é ampliar cada vez mais os atendimentos.

Para Thayssa Moiana é importante comemorar o dia da mulher porque a data “é um marco importante para despertar em todos nós o quanto a luta ainda é longa. É um processo de desconstrução de uma hegemonia masculina. Acho importante dizer que o feminismo não é querer que a mulher seja melhor do que os homens, é a gente querer estabelecer uma relação de igualdade”.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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