Empresária é condenada a 9 anos de prisão após matar mulher atropelada

Após o júri popular que ocorreu na última sexta-feira, 29, Murielly Alves Costa foi condenada a 9 anos e três meses de prisão. A sentença ocorreu pelo assassinato de Bárbara Angélica Barbosa Silva, e também pela tentativa de homicídio contra Kamyla Lima Canedo.

A sentença durou mais de 10 horas. Os jurados avaliaram que a empresária agiu sob o domínio de violenta emoção contra Bárbara, além das lesões sofridas por Kamyla.

“Os jurados reconheceram que a ré agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima. Por consequência, a qualificadora do motivo fútil ficou prejudicada”, diz trecho do documento do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

Relembre o caso

No dia 21 de abril de 2022, Murielly chegou de carro a uma distribuidora de bebidas e iniciou uma discussão com as pessoas que estavam no estabelecimento. Kamylla e Bárbara pediram para que a empresária fosse embora, e com isso começou uma briga.

Através de câmera de segurança, depoimentos de testemunhas e apurações da perícia, a polícia concluiu que, depois da desavença, a empresária bateu o carro nas vítimas, atingindo Kamylla.

Em seguida, Bárbara foi até o carro que Murielly estava conduzindo e colocou metade do corpo dentro do veículo, tentando fazer com que a empresária parasse. Então, a acusada engatou a ré e prensou a vítima contra a parede do estabelecimento e contra uma pilastra na calçada. Bárbara caiu no chão e morreu, já Kamylla ficou com ferimentos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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