Lula faz fisioterapia e não tem agenda de trabalho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou as sessões de fisioterapia nesta segunda-feira, 2, no Palácio da Alvorada, como parte do processo de recuperação da cirurgia de restauração do lado direito do quadril, à qual ele foi submetido na última sexta-feira (29), em Brasília. O trabalho está sendo feito pelo fisioterapeuta Leandro Dias, profissional que acompanha o presidente desde o início do ano.

De acordo com Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), por orientação expressa da equipe médica, Lula não terá agenda de trabalho nesta segunda-feira. Ele também tem restrição para receber visitas, por precaução quanto ao contágio de possíveis infecções, como a covid-19, nesses primeiros dias de recuperação. Nos próximos dias, segundo a Secom, o presidente deve retomar, aos poucos, sua agenda de trabalho, diretamente do Palácio da Alvorada, de onde deverá coordenar reuniões e despachos.

Lula tinha uma artrose na cabeça do fêmur do quadril direito, que é um desgaste na cartilagem que reveste as articulações, o que causa dores e até limitações de movimento, por causa do atrito entre os ossos. Nos últimos meses, o presidente vinha se queixando de dores com mais frequência. A cirurgia, realizada na unidade do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, consistiu na colocação de próteses em substituição ao osso tanto da cabeça do fêmur, quanto da cavidade óssea (acetábulo) onde ele se encaixa, restituindo a capacidade de articulação e movimentação da perna e do quadril.

Inicialmente, a saída do hospital estava prevista para esta segunda-feira (2) ou terça-feira (3), mas a equipe que acompanha o presidente informou, em boletim médico divulgado na tarde deste domingo (1º), que, após boa evolução clínica, decidiu pela alta hospitalar. Por causa disso, o presidente já passou a última noite na residência oficial, de onde despachará ao longo das próximas semanas.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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