“Realidade do crime hoje intimida o Brasil, mas não Goiás”, diz Caiado em evento da Polícia Civil

Estruturar equipes de segurança pública para garantir a ordem e a paz em território goiano tem sido compromisso de primeira ordem, afirmou o governador Ronaldo Caiado. “Nossas polícias estão integradas e têm tecnologia, informação e formação de policiais preparados para enfrentar a realidade do crime que, hoje, intimida o Brasil, mas não Goiás”, ressaltou Caiado durante passagem pela Escola Superior da Polícia Civil, em Goiânia, nesta quarta-feira (04/10).

O local recebe 1.017 alunos aprovados no último concurso público da Polícia Civil em curso de formação, que deve efetivar novos policiais para os quadros da corporação no próximo mês. Ao lado da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, o chefe do Executivo estadual entregou ainda 4,6 mil equipamentos à corporação, com investimento de R$ 12,9 milhões.

“É a segurança que produz emprego, que responde em termos de renda, melhoria na qualidade de vida”, defendeu o governador ao reportar a prioridade em entregar equipamentos de ponta e aumentar o efetivo policial. “Sem segurança pública, não existe Estado Democrático de Direito, liberdade, economia de mercado, não existe sequer a condição do cidadão sobreviver. Veja hoje o que acontece em Goiás e a diferença no Brasil”, comparou.

Projeção nacional

Vice-governador, Daniel Vilela reforçou que a crescente na qualidade do trabalho em segurança pública projeta o estado nacional e internacionalmente. “Goiás, por se destacar tanto nos últimos anos na redução da criminalidade, mas, principalmente, na garantia da segurança do povo goiano, é também um estado muito observado e até invejado por tudo o que aqui é feito”, declarou.

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública, liderada pelo titular da pasta, Renato Brum, também participou da solenidade. “Temos armamentos, equipamentos e esse material humano, que é o reforço das fileiras de todas as corporações de segurança pública. É fundamental para a gente continuar reduzindo o crime e tendo a melhor segurança pública do Brasil”, afirmou ao sintetizar que o policial é o “primeiro escudo contra a criminalidade”.

O reforço no efetivo deve garantir a ampliação das ações da Polícia Civil, que hoje conta com cerca de 3 mil profissionais, afirmou o delegado-geral da instituição, André Ganga. “Hoje esses concursandos que estão aqui representam mais de 30% do nosso efetivo atual. É um incremento real e efetivo nas nossas trincheiras da PC, não só aqui na capital, mas para todas as regionais do interior para fortalecer as operações e investigações”.

Na ocasião, o governador fez ainda a entrega simbólica de 1.461 coletes balísticos e 1.050 pares de algemas, além de 1.653 pistolas, 142 espingardas, 200 fuzis e 10 submetralhadoras Sig Sauer. Os equipamentos equivalem a um investimento no valor de R$ 12,9 milhões.

Curso

O curso, iniciado em agosto, marca uma jornada intensiva de preparação para os futuros integrantes das forças policiais, com diversos conteúdos, como prerrogativas dos policiais, técnicas de investigação, manuseio de arma de fogo e aulas de tiro, entre outros. Este é o maior curso já realizado na história da corporação e possui caráter eliminatório, de forma que somente os aprovados poderão tomar posse em seus cargos.

Diretora da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), Tatiane Gonçalves Cruvinel destacou que este é o maior curso da instituição com 170 professores, 21 turmas e mais de 11 mil horas de aula na grade. “Esses números, para além de meras estatísticas, refletem o compromisso inabalável com a segurança e a justiça no nosso estado”, avaliou.

As turmas são compostas por aspirantes a agentes, escrivães, papiloscopistas e delegados e passam por instruções na Escola Superior da instituição, em Goiânia, com previsão de formatura em novembro. Na expectativa de concluir a formação e ingressar na corporação, Renata Pereira da Silva, 25 anos, natural de Brasília, acredita que a carreira pode somar para o bem coletivo. “Sempre foi meu sonho. Acredito que seja uma das funções mais importantes da nossa sociedade, de manter a ordem, de estar presente, de investigar e sempre contribuir muito com a população”, relatou.

 

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STJ mantém prisão de biomédica após morte de paciente durante procedimento estético em Goiânia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da biomédica Quesia Rodrigues Biangulo Lima, detida em flagrante após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em uma clínica localizada no Parque Lozandes, em Goiânia.

A defesa da biomédica argumentou que a prisão foi decretada com base apenas no relato dos policiais sobre o uso de produtos inadequados, sem a realização de perícia técnica. Os advogados sugeriram a adoção de medidas cautelares como alternativa à prisão.

No entanto, o ministro Herman Benjamin ressaltou que a análise do mérito do habeas corpus ainda será realizada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Enquanto isso, a prisão será mantida devido aos indícios de irregularidades e aos potenciais riscos à sociedade.

Detalhes sobre o caso

A paciente, uma mulher de 44 anos, sofreu uma reação alérgica grave após a aplicação de hialuronidase, substância utilizada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Ela teve uma parada cardíaca e faleceu durante o procedimento.

Após o incidente, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades como produtos vencidos e condições inadequadas de higiene. A biomédica foi presa em flagrante, e sua custódia foi convertida em prisão preventiva pelo TJGO.

Dois inquéritos estão em andamento: um investiga as circunstâncias da morte da paciente, enquanto o outro apura as condições sanitárias e as práticas na clínica. Quesia responde por suspeita de exercício ilegal da medicina e uso de produtos impróprios para consumo.

A data para a análise do mérito do habeas corpus pelo TJGO ainda não foi definida.

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