Israel X Hamas: maiores potências militares do mundo se posicionam sobre a guerra

Na manhã de sábado, 07, Israel recebeu ataques do grupo palestino Hamas e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra. Com isso, as grandes potências militares, Estados Unidos e Rússia, se posicionaram. Vale ressaltar que a Rússia também está em guerra contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Estados Unidos declara apoio a Israel

Em pronunciamento feito no sábado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o governo norte-americano está do lado de Israel, vítima dos ataques do grupo islâmico. “Os Estados Unidos estão ao lado de Israel. Jamais daremos as costas ao seu povo. Asseguramos que daremos o apoio que os cidadãos precisam”, relatou.

Durante o pronunciamento, Biden também ressaltou sobre as “imagens horríveis que o mundo assistiu nas últimas horas”. Sobre as imagens, o presidente disse que é possível ver pessoas inocentes morrendo em casa e nas ruas, além de famílias sendo feitas de refém pelo Hamas.

O apoio norte-americano a Israel foi reiterado pelo próprio presidente ao primeiro-ministro israelense. “Pedimos que pare completamente. Não há justificativa para este tipo de ataque. Nosso governo tem uma posição firme ao lado de Israel.

O posicionamento de Biden foi feito na Casa Branca, e o presidente disse ainda ter entrado em contato com o rei da Jordânia, Abdullah II, e outros líderes da região, como Emirados Árabes Unidos e Egito.

Rússia se mantém neutra

A segunda maior potência militar do mundo, a Rússia, apesar de também estar em guerra, expressou preocupação com o agravamento do conflito entre Israel e Hamas. A informação foi dada também no sábado, pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Maria Zakharova.

Segundo ela, a Rússia apela para que ambos os lados cessem-fogo imediatamente. “Apelamos aos lados palestino e israelense para que implementem um cessar-fogo imediato, renunciem à violência, exerçam a contenção necessária e estabeleçam, com a assistência da comunidade internacional, um processo de negociação destinado a estabelecer uma paz abrangente, duradoura e há muito esperada no Oriente Médio”, disse.

A Rússia também está em contato com as partes e países árabes, conforme informações da Interfax.

Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirmou em comunicado apoio a Israel, reforçando que “condena veementemente os ataques terroristas em curso contra Israel, incluindo ataques com foguetes contra a população civil em Jerusalém e Tel Aviv”. Além disso, expressou “apoio a Israel no seu direito de se defender e ao seu povo”.

Posicionamentos de outros líderes internacionais

Outros líderes internacionais também já se manifestaram. O Egito, mediador dos lados, tenta apaziguar a situação. Em declaração, o ministro das Relações Exteriores, Sameh Shoukry, afirmou que está se comunicando intensamente com Israel e o Hamas, além de outras autoridades internacionais, para “interromper a escalada em curso”.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou em conferência que a Turquia apela para que as partes ajam “com moderação, à luz dos acontecimentos nesta manhã [sábado, 07]. Pede para os atores se manterem longe de medidas impulsivas que irão aumentar a tensão”.

O Reino da Arábia Saudita também apelou para que os lados parem com a escalada. O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou em comunicado que “repete alertas anteriores sobre os perigos de a situação explodir, como resultado da ocupação contínua e da privatização do povo palestino e seus direitos legítimos”.

Um conselheiro do Irã, aiatolá Ali Khamenei, apoiou os palestinos contra Israel, segundo a ISNA, afiliada ao Estado.

Já na Europa, o cenário muda. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, definiu os ataques como “terrorismo na sua forma mais desprezível”, expressando solidariedade às vítimas, famílias e entes queridos.

O chanceler alemão Olaf Scholz condenou os ataques e disse que a violência noticiada choca “profundamente”. O Reino Unido, por sua vez, por meio de depoimento do primeiro-ministro Rishi Sunak, escreveu que está chocado com os ataques e que “Israel tem o direito absoluto de se defender”.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou que as imagens são terríveis e que a organização do Hamas “trava um ataque sem precedentes contra Israel”. “Civis Inocentes estão a ser atacados por terroristas. Esta violência tem que parar. Israel tem todo o direito de se defender”, manifestou.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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