Ex-aluno invade escola e esfaqueia três alunos em Minas Gerais

A escola Profissional Dom Bosco, em Poço de Caldas, município localizado no sul de Minas Gerais, foi atacada por um jovem. O suspeito, menor de idade, é um ex-aluno do colégio, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Um adolescente morreu, três alunos ficaram feridos, sendo que duas das vítimas estão em estado grave, e uma monitora de van escolar também foi esfaqueada e está internada na Santa Casa.

A Polícia Militar (PM) informou que duas vítimas foram socorridas imediatamente para o pronto-socorro em estado grave, mas uma das vítimas, um garoto de 14 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. A informação foi confirmada pela assessoria da Santa Casa. Segundo a corporação, os feridos têm entre 13 e 15 anos de idade.

Por meio de nota enviada pela prefeitura de Poço de Caldas ao Jornal Diário do Estado (DE), foi decretado luto oficial de três dias em solidariedade a comunidade escolar, familiares e amigos.

Nota da prefeitura

Leia a nota da prefeitura de Poço de Caldas na íntegra.

Após o ocorrido na Escola Profissional Dom Bosco, na tarde da última terça-feira (10), a Prefeitura de Poços de Caldas decretou luto oficial de três dias, em solidariedade a toda a comunidade escolar, em especial aos familiares e amigos das vítimas.

Todas as festividades públicas programadas para o Dia das Crianças que estavam agendadas para o feriado foram canceladas, incluindo as comemorações nas unidades escolares do município. O show do grupo Araketu, que havia sido transferido para esta quarta-feira (11) por conta das chuvas, também foi cancelado.

Protocolarmente, as bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Poços de Caldas já estão hasteadas a meio-mastro na Prefeitura. “Estamos muito abalados com a tragédia que aconteceu na Escola Dom Bosco. Minha solidariedade às famílias das vítimas, aos alunos e a toda comunidade escolar”, afirmou o prefeito Sérgio Azevedo.

O prefeito também destacou que todas as forças de segurança estão em alerta e que o município trabalha em estreita colaboração com o Estado. Além disso, toda a estrutura de emergência e atendimento em saúde foi prontamente colocada à disposição, assim como os serviços das Secretarias Municipais de Defesa Social e Educação.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também expressou seu pesar pela tragédia.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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