Dez goianos retornam de Israel e chegam ao Aeroporto de Goiânia

Dez goianos retornam de Israel no segundo voo da FAB

Chegaram no Aeroporto Internacional de Goiânia dez goianos que estavam em Israel fazendo turismo religioso, quando o conflito com o grupo palestino Hamas começou no último sábado, 7.

Coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa, o segundo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe os dez goianos e 204 brasileiros do território israelense.

O avião da FAB aterrissou no Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), durante a madrugada desta quinta-feira, 12, e o grupo goiano chegou ao estado ainda na mesma manhã.

De acordo com a FAB, a aeronave KC-30 trouxe, além de pessoas, um cachorro e três gatos que retornaram ao Brasil com segurança, em uma viagem que durou 14 horas.

O Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), Major-Brigadeiro do Ar José Madureira Junior, afirmou que a Força Aérea Brasileira foi umas das primeiras a começarem a operação de repatriação. “Antes que as pessoas imaginassem, nós já estávamos prontos para atendê-las e fomos à frente de todos os países”, disse.

Ainda segundo a FAB, mais de 2500 brasileiros pediram para serem repatriados desde o início do conflito. A missão de ajuda humanitária continua e a previsão é de que, até domingo, 900 brasileiros sejam trazidos de volta em aeronaves da FAB.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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