Uso de Cannabis medicinal no tratamento da dor é tema em congresso em Goiânia

O uso de cannabis medicinal no tratamento da dor em pacientes que sofrem de doenças reumáticas foi assunto discutido por médicos especialistas em Goiânia, durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, realizado na capital, no últimos dias 4 a 7. A questão, que ainda gera dúvidas e polêmicas, foi o foco de discussões e análises minuciosas.

A médica reumatologista Selma da Costa Silva Merenlender, integrante da Comissão de Mídias da Sociedade Brasileira de Reumatologia, explicou que a cannabis medicinal tem sido alvo de atenção devido ao canabidiol (CBD), um de seus componentes principais com propriedades medicinais. Ela enfatizou a importância de distinguir a maconha, que contém o componente psicoativo THC, das aplicações medicinais do CBD, que não causa dependência.

O uso da cannabis medicinal tem sido recomendado por médicos e cientistas para tratar diversas condições de saúde, incluindo a epilepsia refratária, com estudos avançados que demonstram resultados promissores. Segundo Selma, “já existem evidências científicas em crescimento da utilização da cannabis medicinal para diversas indicações neurológicas, reumatológicas, imunológicas, controle de peso, ansiedade e depressão.”

Alívio

No contexto das doenças reumáticas, a cannabis medicinal está sendo explorada como uma opção para o tratamento da dor crônica, como a fibromialgia, e para aliviar dores associadas a condições como artrite reumatoide, espondilite anquilosante e psoríase. De acordo com Selma, além de aliviar a dor, a cannabis medicinal ajuda a equilibrar o organismo, melhorando a qualidade de vida do paciente, embora não represente uma cura para a doença em si.

Apesar das melhorias relatadas por pacientes que fazem uso de cannabis medicinal, como o deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy, que utiliza a substância no tratamento dos sintomas da doença de Parkinson, ainda há uma escassez de estudos científicos que comprovem os resultados e riscos, especialmente no tratamento da dor.

A médica Alessandra de Sousa Braz, professora de reumatologia da Universidade Federal da Paraíba e integrante da Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes de Partes Moles, destacou a necessidade de considerar os prós e contras ao valorizar a cannabis medicinal. Ela ressaltou que na área da reumatologia, a prescrição de qualquer medicamento é baseada em evidências claras de seus benefícios e riscos.

Regras

No Brasil, o uso de cannabis medicinal requer prescrição médica. Até 2015, a venda de produtos à base de canabidiol, um derivado da cannabis, era proibida no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu o canabidiol na lista de substâncias controladas, o que implica que empresas que desejam produzir ou vender produtos derivados da substância precisam obter registro na Anvisa. Além disso, os pacientes devem apresentar receita médica para adquirir esses produtos.

Atualmente, existem apenas três formas de acesso ao canabidiol no Brasil: por meio de farmácias, associações ou importação. Não há ainda uma política de fornecimento gratuito de produtos à base de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS), embora haja projetos em andamento no Congresso Nacional para garantir o acesso a essas terapias para os pacientes que dependem do SUS. (*Com informações da Agência Brasil)

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos