Brasileira refém do Hamas é encontrada morta pelo exército de Israel

Brasileira refém do Hamas é encontrada morta pelo exército de Israel

Filha e neta de brasileiros, Celeste Fishbein, de 18 anos, que foi sequestrada pelo grupo palestino Hamas teve sua morte confirmada na manhã desta terça-feira, 17. Ela foi sequestrada no dia do ataque do Hamas na Faixa de Gaza no dia 7 de outubro, seguido da declaração de estado de guerra pelo governo israelense.

A informação foi confirmada pelo Exército de Israel à família de Celeste. Entretanto, o órgão não informou a situação do óbito da brasileira ou a localização do corpo da jovem. Celeste Fishbein trabalhava como babá na zona rural, localizada próxima à Faixa de Gaza, e estava na casa do namorado em Gaza, quando o grupo Hamas invadiu a região no dia 7 de outubro e a sequestrou.

De acordo com a família, a última mensagem enviada pela jovem foi às 11h do dia do ataque palestino, quando a família se abrigada do ataque em um bunker por horas.

Situação dos reféns

O grupo Hamas admite ter entre 200 e 250 sequestrados e ter matado 22 israelenses, entretanto as autoridades israelenses contabilizam 199 reféns. Uma brigada do grupo extremista Hamas informou, nesta segunda-feira, 16, que há planos de libertar todos os reféns estrangeiros mantidos na Faixa de Gaza.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, informou que o grupo palestino Hamas sequestrou majoritariamente idosos, crianças e mulheres.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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