Moradores de Goiânia poderão negociar dívidas com impostos

Moradores de Goiânia terão uma oportunidade valiosa para regularizarem suas pendências financeiras com o Município, com descontos e condições facilitadas. Entre os dias 25 de outubro e 1º de novembro, acontece a 1ª Semana do Contencioso Tributário. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas poderão negociar suas dívidas, que incluem tributos como IPTU, ITU, ISSQN, entre outros, com descontos nos juros e multas.

A ação é promovida pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) em parceria com a Prefeitura da cidade.Os atendimentos serão realizados nas unidades do Atende Fácil, presentes em vários locais da capital, bem como no Mercado Central, situado na Rua 3, nº 222, Setor Central. O horário de atendimento será de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas.

O principal objetivo da iniciativa é promover o uso da conciliação como método de solução de demandas fiscais e tributárias entre os moradores de Goiânia e a Prefeitura. Isso está alinhado com a ênfase da gestão do presidente do TJGO, desembargador Carlos França, em fornecer uma prestação jurisdicional rápida e eficaz.

Para acessar os serviços e agendar atendimentos, é necessário visitar o site www.goiania.go.gov.br e clicar na aba “REFIS 2023”. O site também disponibiliza uma lista de todos os documentos necessários. No Mercado Central, serão disponibilizados 30 guichês para atendimento de pessoas físicas e 12 para pessoas jurídicas. Já nas unidades do Atende Fácil, a capacidade de atendimento dependerá da estrutura de cada unidade.

Facilidades

Para aqueles que possuem dívidas ajuizadas, é possível solicitar a gratuidade da justiça até o dia 31 deste mês. Se concedido, a parte ficará isenta de arcar com as custas processuais e protestos cartorários. O pedido pode ser feito também pelo site [www.goiania.go.gov.br](www.goiania.go.gov.br), na aba “REFIS 2023”.

Durante as negociações, aqueles que optarem pelo pagamento à vista poderão contar com descontos de juros e multas de até 99%. Para quem preferir o parcelamento, será possível dividir a dívida em até 60 meses, com redução dos juros e multas entre 70% e 90%, desde que o valor de cada parcela seja superior a R$100,00. O número de parcelas variará conforme o valor da dívida e o prazo de pagamento.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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