Suspeitos de estupro coletivo contra menor de idade são presos

Uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Polícia Militar (PM) prendeu suspeitos de estupro coletivo contra uma menor de idade. As prisões aconteceram na manhã desta sexta-feira, 20, em Sano Antônio do Descoberto. Ao Jornal Diário do Estado (DE), o delegado titular da cidade, Adriano Jaime Carneiro, informou que a vítima, de 16 anos, foi até a delegacia acompanhada pelo Conselho Tutelar.

“A vítima compareceu na delegacia acompanhada pelo Conselho Tutelar, informando que foi convidada por três rapazes para ir para a casa deles. Dois dos suspeitos ela já conhecia e um não, esse que ela não conhecia era menor de idade. Eles iam beber e ela foi para a casa dos dois maiores”, explicou.

Segundo o delegado, a menina afirmou que estava acompanhada de um amigo e que, ao chegar no local, beberam e fumaram maconha. “Ela relata que achou a bebida com gosto muito amargo e em um momento ela já estava bastante embriagada. Ela até achou estranho porque geralmente tem costume de beber”, disse.

Em seguida, a vítima relatou que um dos meninos pediu para o amigo dela ir comprar energético. “Nesse momento ela tem alguns flashs de memória. Ela lembra de alguém em cima dela. O amigo dela, que também tem 16 anos, comprou o energético na distribuidora e, quando chegou na casa ouviu uns barulhos. Pela janela do quarto ele conseguiu ver que estavam os três em volta dela, abusando sexualmente”, afirma.

De acordo com Adriano, um dos rapazes filmou o abuso e que a garota está lesionada na bunda, no pescoço e que eles cortaram o cabelo dela.

A vítima foi encaminhada para o Instituo Médico Legal (IML), que atestou o estupro, e para o Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), onde recebe tratamento psicológico.

Prisão

Na ocasião, a operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva e busca domiciliar. Além disso, internaram um menor. Um investigado está foragido e segue sendo procurado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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