Espécie rara, gato-palheiro melânico é filmado pela primeira vez no Parque Nacional das Emas, em Mineiros

Espécie rara, gato palheiro melânico é filmado pela primeira vez no Parque Nacional das Emas, em Mineiros

Presente na lista de animais em extinção, o gato-palheiro melânico foi flagrado e registrado em vídeo, primeira vez, no Parque Nacional das Emas, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. O registro foi feito pelo analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Kennedy Borges, que trabalha na agenda de uso público e pesquisas na unidade no Parque.

No momento do registro, o animal capturava uma presa no final de setembro, mas o vídeo só foi divulgado pelo ICMBio na última semana. O gato da mesma espécie com pelagem malhada é vista com frequência pelos funcionários do órgão, mas o melânico foi a primeira vez.

Ainda no mesmo dia, outro analista do ICMBio também conseguiu fotografar o raro animal no Parque. O analista Raphael Ribeiro Francisco conseguiu fotografar o felino de outros ângulos.

Segundo o ICMBio, ver animais da espécie é muito difícil, pois além de raros, são de pequeno porte, furtivos, discretos e rápidos. Ao perceberem algum movimento, logo entram na vegetação. Os gatos-palheiros pesam entre 3 a 5kg, se alimentam de presas que conseguem capturar com saltos, em especial roedores, lagartos e aves.

O que a ciência sabe sobre a espécie

Os gatos-palheiros são encontrados distribuídos pelo continente sul-americano, mas a espécie presente no Parque Nacional das Emas é a Leopardus braccatus. Entretanto, até 2020, pensava-se que os gatos-palheiros eram uma única espécie, a Leopardus colocola, mas um estudo concluiu que há cinco espécies.

Das cinco espécies, há duas espécies no Brasil: o Leopardus braccatus, no Cerrado e no Pantanal, e o Leopardus munoai, no Pampa. De acordo com o ICMBio, os maiores riscos que ameaçam a existência da espécie são os atropelamentos e a perda de habitat.

 

 

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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