Direita de Goiás vota contra imposto para ricos

O projeto de lei sobre a taxação dos super-ricos e offshores, empresas e contas bancárias abertas em territórios onde há menor tributação para fins lícitos, foi aprovado pela Câmara Federal. Durante a votação, que aconteceu na quarta-feira, 25, 323 deputados votaram de forma favorável e 119 contra.

Duas deputadas goianas não registraram os votos, sendo elas Magda Mofato (PL) e Marussa Boldrin (MDB). Um “golpe surpresa” foi do emebedista Márcio Correa, que votou contra o projeto, apesar de o partido que faz parte ter se posicionado favorável.

Em Goiás, além de Márcio Correa (MDB), outros três deputados foram contrários ao projeto da taxação, sendo Gustavo Gayer (PL), Professor Alcides (PL) e Zacharias Calil (União).

Já em relação aos deputados goianos favoráveis ao projeto de lei, 11 votaram. São eles: Adriano do Baldy (PP), Adriana Accorsi (PT), Ismael Alexandrino (PSD), Jefferson Rodrigues (Republicanos), José Nelto (PP), Leda Borges (PSDB), Rubens Otoni (PT), Daniel Agrobom (PL), Flávia Morais (PDT), Glaustin da Fokus (Podemos) e Silvye Alves (União).

Projeto de lei

O projeto de lei aprovado na Câmara Federal prevê a antecipação de Imposto de Renda de fundos exclusivos, passando a taxar aplicações em offshores, ou seja, empresas e contas bancárias abertas em territórios onde há menor tributação para fins lícitos. Para estas, o relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), sugeriu uma alíquota linear de 15%. A proposta do governo seria de 0% a 22,5%, a depender dos rendimentos anuais.

“Os fundos exclusivos e fechados passarão a ter o come-cotas em 15% e a atualização patrimonial passa de 6 para 8%; os fundos offshore terão também uma alíquota padrão de 15%, e uma alíquota de atualização patrimonial que passa de 6 para 8%”, afirmou o relator em plenário.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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