Governo de Goiás e prefeituras reorganizam atendimento de urgência em unidades públicas de Saúde

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com os municípios, iniciou um trabalho de reorganização do atendimento de urgência de hospitais de alta complexidade no Estado, seguindo o modelo preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa atende solicitação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e tem o objetivo de desafogar unidades como o Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), localizados na capital. As unidades, estruturadas para focar no atendimento de casos graves, já iniciaram um trabalho de educação e orientação, com distribuição de material e abordagem educativos, para que pacientes com quadros leves procurem unidades de saúde de seus municípios de origem.

O secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vencio, juntamente com os secretários municipais de Saúde de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems), Patrícia Fleury, apresentou, nesta quinta-feira (09/11), durante coletiva à imprensa, os detalhes da ação educativa que está sendo promovida nas unidades. “O Hugol e o Hecad dão prioridade para os casos graves. O que estamos orientando é que os casos mais leves devem ser atendidos na atenção básica de saúde. Nesse período educativo, até os casos leves serão tratados nos hospitais, só terão de esperar”, reforça o secretário.

Sérgio Vencio explica que em uma data a ser definida pelo Estado, municípios e o MP-GO, os casos mais leves deixarão de ser atendidos nas unidades de alta complexidade. “Estamos dialogando há mais de seis meses sobre uma solução para reorganizar esse acesso. Quando o hospital de alta complexidade está lotado de casos mais simples, impede que pacientes em estado grave, aguardando vaga nos municípios, possam ser trazidos mais rápido para a alta complexidade. É necessário reorganizar, mas ninguém deixará de ser atendido”, reforça.

Sobrecarga

Em julho deste ano, 18,5% dos atendimentos realizados no Hugol foram de fichas ‘verdes’ e ‘azuis’ (casos considerados leves), em setembro esse número chegou a 17%. Já no Hecad, os atendimentos de casos considerados leves chegaram a 57,8% em julho e 45,4% em agosto.

Conforme diretrizes estabelecidas pelo SUS, hospitais de alta complexidade devem concentrar a atuação no tratamento dos casos mais graves, de acordo com o seu perfil assistencial. Já os casos leves devem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das redes municipais. Atualmente, os dois hospitais recebem pacientes por demanda espontânea. Ou seja, eles chegam até as unidades e conseguem atendimento, não necessitando obrigatoriamente de encaminhamento de unidades da atenção primária, como UBS’s, Cais ou UPAs.

Parceria

Durante a coletiva, o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, anunciou a disponibilização de duas carretas da saúde, com consultórios e equipes médicas, que farão o atendimento primário e o encaminhamento dos pacientes, estacionadas na porta do Hugol e Hecad. Os veículos estarão disponíveis a partir do dia 13 de novembro para atender casos leves e orientar a população da capital sobre a reorganização das urgências.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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