Obras do BRT serão retomadas após dois anos de paralisação

Iniciada em 2015 e paralisada há dois anos, a construção do BRT Norte-Sul, maior obra de mobilidade urbana de Goiás, será retomada após união de forças dos governos federal, estadual e municipal. O presidente da República, Michel Temer anunciou a reativação das obras de construção do corredor exclusivo de ônibus que terá 17 quilômetros e 36 estações ligando a capital com Aparecida de Goiânia. O BRT atenderá certa de 120 passageiros de 148 bairros entre os terminais Isidória e Recanto do Bosque.

O investimento total da obra ultrapassa os R$ 271 milhões, dos quais R$ 141 milhões serão repassados pela Caixa Econômica Federal (CEF), R$ 70 milhões do Governo Federal e R$ 52,6 de contrapartida da Prefeitura de Goiânia. Em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, Temer autorizou a retomada da construção do Trecho 2, acompanhado presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; pelos ministros das Cidades, Alexandre Baldy e da Casa Civil, Eliseu Padilha; pelo vice-governador José Eliton e prefeito Iris Rezende, além de parlamentares goianos.

Iris agradeceu a consideração e atenção do presidente Temer por Goiânia e por Goiás. “Dificilmente, outro presidente se empenharia tanto para voltar os olhos para nossa população e retomar essa obra que beneficiará diariamente, pelo menos 120 mil pessoas por dia. Nosso dever é agradecer a todos que contribuíram para retomar essa obra”, discursou.

“Quando surgiram movimentos pela mobilidade urbana em 2013, 2014, foi porque as pessoas conseguiram adquirir seu carro, mas, ao adquirir o carro, entram no trânsito e levam de duas a três horas para chegar ao trabalho e, de igual maneira, para voltar para casa, ou seja, algo indigno. E o BRT, de alguma maneira, traz uma ideia dessa dignidade de locomoção”, acrescentou Temer.

Iris Rezende fez questão de frisar que esse benefício só se tornou realidade graças ao empenho e compromisso público do Ministro das Cidades, Alexandre Baldy. “A chegada de Baldy ao Ministério das Cidades inaugurou uma nova etapa na obra do BRT, marcada pela boa vontade para superar a burocracia e viabilizar recursos”. Baldy afirmou que esta é uma conquista das forças políticas do Estado.Além do prefeito e do vice-governador goiano, Baldy acrescentou a participação do deputado federal Daniel Vilela (MDB) e do senador Wilder Morais (PP) no processo de captação de recursos. “Tantos esperam esta obra concluída e ela será, com esforço de todos nós”.

A agilidade do ministro das cidades foi aplaudida a pedido de Temer, José Eliton e Iris Rezende. “Quero particularmente aplaudir Baldy, concretamente. Não só pelo trabalho que realizou na Câmara, mas pelo trabalho agilíssimo trabalho no Ministério das Cidades”, afirmou o presidente. “Quando chegamos ao governo federal, nos deparamos com várias obras paralisadas, que precisavam ser destravadas. E Baldy tem feito isso com agilidade extraordinária. Por isso tenho orgulho de tê-lo como ministro”, finalizou o presidente.

Patrícia Santana

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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