Facebook pede desculpas por exibir sugestões de vídeos inapropriados aos usuários

O Facebook se desculpou nesta sexta-feira (16), por exibir sugestões de “vídeos de garotinha fazendo (sexo) oral” quando usuários buscavam por vídeos na ferramenta de pesquisa da rede social. O problema ocorria quando pessoas que utilizavam a rede social escreviam “vídeo of” na caixa de buscas da rede social. Com isso a ferramenta de previsão de resultados exibia possíveis sugestões como “vídeo de garotinha fazendo (sexo) oral”, “vídeos sexuais” e “vídeos do tiroteio na escola da Flórida”.

Os usuários da rede social publicaram no Twitter alguns exemplos do que ocorreu. Alguns acusaram a empresa de permitir “pedófilo de usar o Facebook como ferramenta para distribuir pornografia infantil”. “Eu estou muito perto de deletar minha conta para sempre.” Depois disso, o Facebook foi obrigado a se desculpar e dessa forma divulgaram o seguinte comunicado: “Nós pedimos desculpas pelo que aconteceu. Assim que fomos alertados dessas previsões ofensivas, nós as removemos”.

Comunicado

Além disso, foi informado que ainda está “buscando entender por que essas previsões de busca apareceram e, indo além, nós estamos trabalhando para melhorar a qualidade das previsões de buscas”. Ao mesmo tempo, a rede tentou explicar o que poderia ter ocorrido. A hipótese é que as previsões de resultados passaram a exibir as principais buscas feitas pelos usuários. “As previsões de buscas do Facebook são representativas do que as pessoas podem estar buscando no Facebook e não necessariamente refletem os conteúdos atuais da plataforma”, disse no comunicado.

Esse novo incidente surge após o Facebook já ter sido obrigado a se desculpar na semana passada. A empresa perguntou a usuários se deveria impedir ou não que homens pedisse fotos sexuais a garotas de 14 anos. As ferramentas usadas para completar pesquisas em ferramentas de buscas já criaram críticas a outra empresa de tecnologia. “Nós não permitimos imagens explicitamente sexuais, e nós estamos comprometidos por manter esse tipo de conteúdo fora do site”, destacou o comunicado.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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